Military Review Edição Brasileira Julho-Setembro 2016 | Page 20

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) foi estabelecida em 1º de junho de 2004 pelo Conselho de Segurança (CS), em sua resolução de número 15421. A ação da MINUSTAH foi marcada por empregar forte contingente militar, com importante participação do Brasil. O comando do componente militar foi assumido por um general brasileiro que foi responsável pela “Arte Operacional”, coordenando a ação de militares de diversos países e desenvolvendo conhecimento doutrinário em um cenário estratégico de ambiente urbano complexo. Ainda, essa estratégia, contou com a importante participação de tropas brasileiras na MINUSTAH, que foi, e ainda é, determinante para restabelecer a segurança daquele país, principalmente na área mais violenta da capital Porto Príncipe2. O objetivo deste artigo é analisar a estratégia militar brasileira, segundo os princípios de Clausewitz, e o desafio da MINUSTAH de transferir o sucesso da abordagem militar para uma nova fase de responsabilidade política. Conciência Situacional A Consciência Situacional consiste na percepção precisa e permanentemente atualizada do ambiente operacional e no reconhecimento da importância de cada elemento em relação à missão atribuída3. O Haiti localiza-se na ilha no Caribe que foi batizada de Hispaniola por Colombo em 1494. Dominada por franceses por muito tempo, em 1791 uma rebelião O Force Commander, Gen Div Jaborandy, realizando o debriefing da operação conjunta com os Comandantes do BRABATT e Sri Lankan Battalion (SRIBATT), com o Componente Policial (UNPOL and Formed Police Unit) e com a Polícia Nacional Haitiana (PNH), em Grand Ravine, na grande Porto Príncipe, 25 de julho de 2014. 18 Julho-Setembro 2016  MILITARY REVIEW