12 | VOLUNTARIADO NACIONAL
O tema do dia era uma zanga entre duas
meninas, as palavras menos agradáveis
eram sempre destinadas ao outro lado do
conflito, mas todas as palavras, as mais e as
menos agradáveis, soavam a desabafo. É o
pretexto para o início de mais uma das longas
conversas com as voluntárias do G.A.S.Porto,
“as amigas mais velhas”.
É assim que muitas das meninas olham
para as voluntárias, em quem encontram
um olhar terno, uma palavra carinhosa,
um gesto fraterno, mas também uma aura
de responsabilidade, rigor e justiça. Estes
valores que o G.A.S.Porto coloca em tudo o
que faz, são também procurados nas mais
pequenas coisas em São Miguel, mesmo
que, por vezes, isso não se note.
As voluntárias do G.A.S.Porto vêem no
Lar, uma casa que necessita de muito
tempo, muita atenção, mas sobretudo
um carinho especial por cada menina.
É esse carinho que ao longo do tempo tem
sido semeado nas conversas, ensinado nas
sessões de estudo, exibido em cada passeio,
promovido e transmitido em cada atividade ou
ideia que transportam para dentro da casa.
Nesta casa a realidade, por vezes nua e crua,
não permite a ilusão de que podemos mudar o
mundo a cada visita, mas essa mesma realidade,
outras vezes aconchegante e bem temperada, não
permite deixar cair o sonho de servir como muleta,
num romance que se pretende longo, expectante,
recheado de personagens, mas sempre, sempre
com um final feliz. Esse romance tem vários nomes,
o de cada uma das meninas que semana após
semana, as voluntá