Começamos a fazer voluntariado no Hospital de
Crianças Maria Pia, no Lar das Fontaínhas, no ATL “Clube
da Porta Aberta” (bairro do Cerco) e na APPACDM. Mas a
vontade de servir era tanta que, ainda em 2003, realizaram-
se missões em Moçambique, Timor-Leste e em Aljezur. Em
2004 realizamos uma missão na Guiné-Bissau. Em 2010
integramos as colónias da Paróquia de Lordelo e fomos
para Cabo Verde, em 2011 criamos uma missão em Seia,
em 2013 em Celorico de Basto e, em 2014, em Mondim
de Basto. Os locais onde realizamos ASV também foram
aumentando em número e começámos a estar na Casa do
Vale e na Casa das Glicínias.
Com todo este crescimento, acompanhado de uma
enorme alegria por estarmos a chegar a cada vez mais
pessoas, colmatando mais necessidades, urgiu a criação
de uma Sede, um espaço de trabalho físico permanente.
O G.A.S.Porto começava a ser cada vez mais conhecido,
mais abordado e mais solicitado. Assim, os e-mails e os
telefonemas eram uma constante. Esta Sede surge, em
2010, como Gabinete de Trabalho de forma a possibilitar
uma dedicação integral aos projetos de voluntariado
nacionais e internacionais, o apoio aos voluntários e a
resposta a todas as solicitações que iam surgindo.
(Caminhada a Santiago de Compostela, 2016)
Contudo, o G.A.S.Porto assume-se como parte da
nossa vida pelo que fazia sentido continuar este caminho.
Foi assim que surgiu, em 2008, o G.A.S.Abrigo. É que,
quando temos dentro de nós a tal vontade, não permitimos
que os projetos findem, encontramos formas de os
manter/adaptar. Assim, o G.A.S.Abrigo, destinado a todas
as pessoas que já iniciaram a sua atividade profissional,
com família ou até mesmo reformados, veio dar resposta
a pessoas com vontade de fazer/dar mais, mas com uma
disponibilidade particular. Criaram-se novos projetos de
voluntariado semanal: o R.U.A. (pessoas em situação de
sem abrigo), o P.O.N.T.E.S. (pessoas em situação de exclusão
social), o Abraço Amigo (idosos isolados) e, mais tarde, o
A.M.A. (mães adolescentes). Assim, a partir de 2008,
eramos G.A.S.Jovens e G.A.S.Abrigo. A exigência de servir
melhor e com mais qualidade fez-nos crescer também na
formação. Esta exige não só a componente técnica, onde
se pretende dotar o voluntário de ferramentas específicas
para melhor servir o seu público-alvo, como uma
componente não convencional, em que dedicamos tempo
à reflexão e ao crescimento nos valores basilares do grupo
como a humildade, o respeito, a alegria, a simplicidade e
a co-responsabilidade. O G.A.S.Porto tornou-se, assim,
uma Escola de Vida (consultar pág.14), em que, de facto,
aprendemos a “estar” e a “viver” com o sentido de construir
um mundo melhor.
Iamos crescendo, em número, qualidade e
em ações. E os jovens voluntários iam crescendo também,
a ponto de terminarem os estudos e ingressarem no
mercado de trabalho, diminuindo, como consequência, a
disponibilidade que outrora tiveram para o voluntariado.
(Caminhada a Santiago de Compostela, 2008)
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