MAC N.º 1 - O Guerreiro | Page 44

- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição À Conversa com Rui Vasques – Como passaste daí para o projecto Live With Earth? – Inicialmente a tese-projecto era para ser uma casa, mas depois como a pesquisa que fiz era tão abrangente e deixou-me tão revoltado, achei que fazia sentido criar uma comunidade. Criei então um modelo livre, de linha orgânica, com várias zonas comuns e caminhos. Mas depois lembrei-me que poderia criar algo que fosse optimizado de raiz. Mais tarde, apercebi-me da necessidade criar um conceito maior e então nasceu a LWE, que pretendo desenvolver este ano, tornando-o num atelier de habitats sustentáveis. – Porquê o superadobe? – Foi a solução mais completa e eficiente que encontrei. As casas são uma espécie de bunker, completamente isolado em termos acústicos, térmicos e de radiação, até porque estão parcialmente enterradas. Além disso, como são em arco, quando aplicas pressão, esta é distribuída por toda a estrutura, tornando-as resistentes a terramotos. Se vier um tsunami também lhe passa por cima devido à sua forma. Esta técnica utiliza materiais acessíveis e locais, respeita os quatro elementos e Rui Vasques a construir em Superadobe. pode ser mais explorada na dinâmica Imagem de Adobando la Tierra forma-função. Apesar de serem sempre em cópula, podes partir desse principio e fazê-las como quiseres. Uma das inovações da minha tese foi adicionar a cúpula geodésica, que é a estrutura mais resistente da natureza, para que lhe pudesses juntar outras mais pequenas. Isso permite teres um molde e que sejam as máquinas a fazer a maior parte do trabalho pesado. Permite, ainda, que cries um processo do início ao fim, pois enquanto estás a tirar a terra para construir estás também a criar a horta, o lago e várias outras peças do habitat final. – No fundo, permite a aplicação dos princípios da permacultura, no sentido em que com uma pequena acção estás a desempenhar várias funções em simultâneo. – Sim, desde o início da construção. No fim, basta terminar o resto do habitat e tratar da manutenção, que é o mais difícil e que ainda estou a aprender. De momento quero mesmo focar-me na construção, porque é a proposta de valor mais elevada no projecto e é aquilo que pode gerar alguma rentabilidade, bem como ajudar pessoas que não tenham onde viver ou que simplesmente desejem regressar ao campo. – Consideras importante fomentar a aplicação dos princípios de Permacul GW&