MAC N.º 1 - O Guerreiro | Page 34

- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição Artes Plásticas Carolina Fernandes "Cábi” MAC - O que significa a arte para ti? Cábi - A arte, no meu ponto de vista, tem um significado enorme para toda a nossa existência e evolução. A arte é a necessidade que o homem tem de se exprimir, de criar, proporcionando aos outros uma experiência. A arte altera a visão que temos do mundo, nem que seja momentaneamente. MAC - Para onde és transportada e/ou que sentes quando desenhas? Cábi - Transportada, não sei se sou, mas gosto de me abstrair do que se passa à minha volta, porque eu desenho em variados sítios e situações no café, na escola, durante um jantar, nos parques, nas casas dos meus amigos, acompanhada ou sozinha. Os sentimentos são vários, frustração quando as coisas não saem como eu tencionava, surpresa, dúvida, depende de vários fatores mas acho que essencialmente sinto necessidade de explorar mais e de diferentes maneiras os assuntos que me interessam. Carolina Fernandes, mais conhecida como Cábi, nasceu no Funchal em 1989. Frequentou, sem concluir, a licenciatura em Conservação e Restauro na Universidade Nova de Lisboa e, atualmente estuda Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design nas Caldas da Rainha. Em 2011 participou nos projetos coletivos, Arte de Portas Abertas e On Fusion Art by Porto Bay, na cidade do Funchal. Esteve presente na Mostra de Ilustração Entre Pólos em Lisboa, e na exposição coletiva Tudo ao Molhe e Fé em Nozes, inserido no Caldas Late Night’17 na cidade das Caldas da Rainha, em 2013. Neste mesmo ano, ficou em segundo lugar no concurso, apresentado pela Ilustração Contemporânea Portuguesa, com o tema Imaginação. Carolina e o desenho. Se pensarmos bem o desenho aparece na vida de qualquer pessoa inúmeras vezes, pelas razões mais simples: para explicar um objeto/ pessoa quando as palavras nos faltam, para explicar uma trajetória a alguém, quando desenhamos as letras que escrevemos, ou enquanto estamos ao telemóvel, por exemplo. Acredito que o desenho é a ferramenta mais importante no campo artístico, e este está em toda a base do meu processo. Para mim, o desenho é um grande auxiliar de memória, utilizando um material impossível de ser apagado, como a esferográfica, como intermediário do sujeito, sempre sem borracha, assumindo tudo o que a mão transfere para o papel. Interesso-me por desenhar imagens que nos façam refletir e questionar sobre o que normalmente observamos e que, ou à nascença ou com o passar do tempo, adquirimos como irrefutáveis. O corpo, o espaço, a existência, a realidade, o tempo, e a memória para mim são algumas das palavras-chaves da minha pesquisa. Carolina Fernandes Portfólio – http://www.behance.net/CarolinaFernandes; Blog Pessoal – www.carolinavfernandes.blogspot.com; Facebook - https://www.facebook.com/pages/C%C3%A1bi/559331810746728?ref=hl 34