MAC N.º 1 - O Guerreiro | Page 22

- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição Cultura Pi, pi!! É Falta da Cultura! Vemos e ouvimos todos os dias as notícias que caem como bombas atómicas e se propagam à velocidade de um encadeamento pouco racional. As sinapses cerebrais deixam de processar a informação e o interpretar dá lugar à memorização acomodada de informações que nos ocupam e preocupam porque as soluções não aparecem como nos cadernos de exercícios matemáticos. A distracção está presente a cada passo e tomam-se as informações, de modo geral, como dados adquiridos. Esperamos, de certa forma, uma solução em forma de problema ou coisa que o valha… o importante é, infelizmente, a banalidade do diaa-dia e a magia do jogo da vida perde-se à custa de moedas, cartões e notas que valem mais que uma energia vital que insistimos em desprezar. A origem da existência, a origem de sermos como somos, da forma como nos conhecemos é, aos olhos da maioria, uma coisa de ET’s. Talvez por isso – e só talvez – vivamos num mundo onde a cultura está novamente a deixar de ter lugar. Ao que parece, segundo aquilo que me é possível constatar através do estudo da História Universal, estamos em fase de regressão e, assim, a voltar a uma espécie de Idade Média dos tempos modernos, com a religião a ocupar um papel diferente. Mudamos os nomes de Cristianismo para Capitalismo e o resto é quase o mesmo: uma espécie de bloqueio às artes em função de uma política de domínio sem escrúpulos, completamente imoral, dominadora, destruidora e castradora. As artes são formas de expressão que retractam o tempo, muitas vezes de forma crítica, mas também construtiva. Seja como for, nem o construtivismo implícito na crítica artística interessa, pois, o que convém a um dono que prende um cão, é (pois está claro!), que ele fique preso. Por isso, se não lhe mostrar outras opções tanto melhor, menos o cão ladra… Desta forma mantém-se uma sociedade maioritariamente com a visão em funil, o que possibilita o domínio completo e a aceitação comodista. O que está para lá do horizonte não se vê, mas com toda a certeza existe. Não há mal em pensar ou problematizar sobre isso até chegar o momento de avançar e, pé ante pé, caminhar em direcção a uma linha que se afasta a cada vez que parece que nos aproximamos. O percurso está cheio de aprendizagens e conhecimentos novos, só precisamos de coragem para continuar a seguir em frente, mesmo que no fim voltemos ao mesmo sítio. O percurso foi cheio, foi enriquecedor por dentro e uma análise precisa fará toda a diferença se se tomar atenção aos pormenores. Tudo isto porque o Sol brilha para lá das nuvens negras de um Inverno rigoroso. Basta não perder o norte a andar à chuva e fazer algo para que quando a luz aparecer, ͔