Lê e ler Edição 10 ´ | Page 36

No último dia, decidimos abrir alguns minutos para receber autores que quisessem nos apresentar seus portfólios e projetos, em um rápido pitch. O retorno foi tão grande e gostoso que já estamos pensando como e quando realizar novos pitchs ☺

E qual (is) o (s) desafio (s) que vocês mais enfrentam neste ramo?

Quebrar a barreira de que “gente que vem de blog não pode profissionalizar” foi complexo, mas hoje a receptividade é muito maior, e o tempo é o melhor aliado para esse tipo de problema.

O que diria para alguém que deseja entrar nesse ramo de consultoria literária?

Paciência. Não pense em um retorno rápido, imediato. Roma não foi construída em um dia, uma carreira, qualquer carreira, também não vai ser.

Coloque tudo em contratos, leia e releia cada proposta mil vezes. E tente controlar as expectativas (nós tentamos até hoje!).

Tudo! A história é funcional? O ponto de vista está correto? O personagem está bem construído, cenário bem fundamentado? O leitor consegue entrar na história? É preciso uma leitura sensível?

Isso quando falamos de uma revisão estrutural. Mas também fazemos revisão ortográfica.

O que é e qual a importância do coaching para autores?

É unanime para os nossos autores o quanto o coaching os fez crescer como autores. Trabalhar com uma crítica direta, com um olhar externo durante o processo produtivo, é engrandecedor e, muitas vezes, um pouco assustador, mas permite que pequenos erros e desvios durante a escrita sejam corrigidos em sua base.

E é o processo enriquecedor para o próprio coach também.

Você poderia dizer uma (ou mais de uma) situação bacana que ocorreu à vocês por conta da empresa?

Durante a Bienal do Livro do Rio estávamos com uma mesa para atendimento à editoras, negociações, etc. Recebemos um feedback muito legal do nosso trabalho durante esses encontros, que são super comuns em feiras como Frankfurt, mais ainda novos por aqui.

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