Lê e ler 8º edição | Page 10

Até os dias de hoje não me conformo em rejeitar a nossa mitologia indígena. Há elementos muito bacanas e até melhores que os tradicionais. Gente, o Boitatá é algo muito legal de se trabalhar! O Curupira! Mas quando vemos livros ou filmes numa temática mítica, só sabemos de gregos e nórdicos. Eu passei a curtir mais quando reparei nos filmes a ausência da nossa história. Aliens invadem a Terra, mas nunca o Brasil. O centro de tudo sempre é Estados Unidos e Europa, nunca temos um papel importante. Resolvi mudar um pouco essa vertente.

Uma das coisas que mais gosto em seu trabalho de divulgação do livro é primeiro, sua roupa de mago. Segundo, os brindes! É uma forma muito interessante de cativar as crianças (e inclusive adultos!). E você mesmo quem faz! Como foi que surgiu a ideia?

Entrevista

com o lucinei

O

iie, muito obrigada por ter aceito a entrevista! Antes de tudo, conta um pouquinho sobre como surgiu a ideia para Lavínia.

Acredito que tenha surgido da minha infância, pois eu era uma pessoa popular, mas sem amigos! rs Isso mesmo. E tinha que viver fugindo dos garotos chatos que me perseguiam. Daí, veio a junção da fantasia, já que eu ficava imaginando o “se”, se eu tivesse poderes, se tivesse uma varinhas, estas coisas. Juntei minha história com com algo mágico.

Em Lavínia vemos muitas referências à mitologias e ao folclore brasileiro. Você sempre gostou desse tema?

Até os dias de hoje não me conformo em rejeitar a nossa mitologia indígena. Há elementos muito bacanas e até melhores que os tradicionais. Gente, o Boitatá é algo muito legal de se trabalhar! O Curupira! Mas quando vemos livros ou filmes numa temática mítica, só sabemos de gregos e nórdicos. Eu passei a curtir mais quando reparei nos filmes a ausência da nossa história. Aliens invadem a Terra, mas nunca o Brasil. O centro de tudo sempre é Estados Unidos e Europa, nunca temos um papel importante. Resolvi mudar um pouco essa vertente.

muito interessante de cativar as crianças (e inclusive adultos!). E você mesmo quem faz! Como foi que surgiu a ideia?

A roupa foi uma sacada muito boa, admito. Eu olhei para umas roupas brancas e lembrei de alguns personagens no livro que usam branco, daí, quis trazer para as pessoas verem como é um deles. E, uma coisa que sempre acontece é justamente uma confusão do que sou. rsrs Eu sou na verdade um dos magos auxiliares de Celina, e não uma fada. rs Na rua, os desavisados me chamam de Gandalf, Dumbledore, Zé Gotinha! rsrs E há crianças que me chama de “bruxa”. Acho mágico e divertido! E quando volto de uma feira, geralmente vou assim para o hotel em que estou.

A roupa foi idealizada por mim, mas foi a artista Bel Maciel quem a costurou e fez toda a ligação dos tecidos. Já os brindes, eu mesmo quem faço. Caneta de pena, varinhas! Tudo com certos detalhes únicos. Eu sempre quis ganhar uma varinha quando lia livros de magia, e acho muito legal trazer esta proximidade da fantasia com a realidade. Adultos adoram! rs

Ah, e imagino que o feedback deva ser maravilhoso, né? Você pode falar um pouquinho para gente?

Olha, já fui abordado por um leitor na saída do banheiro de um shopping. Foi estranho e engraçado, pois os outros caras saiam do banheiro e paravam para me ver tirando foto. E muitas vezes sou surpreendido com um abraço e beijos dos menores. Eu acho tudo lindo! Fora como alguns adultos vem até mim e dizem que estou lindo! Nunca recebi tantos elogios na minha vida como em um único evento. Mas reconheço que é devido a roupa! rs