Jornal Pontivírgula | Novembro | Page 26

Os Lotus Fever são uma banda de rock alternativo com um som pouco comum no panorama musical português. Cantam em inglês. “Todos nós temos a ideia de chegar lá fora”, confidenciam, e acrescentam “embora seja muito complicado atingir o sucesso no estrangeiro, há sempre a esperança de ser essa banda”.

Para Filipe Sambado o que acontece com a exportação da música é o que acontece com os vinhos. “Tens dos melhores vinhos do mundo, mas uma capacidade de exportação pequena”. A explicação reside, na sua opinião, no pequeno capital de promoção que os artistas portugueses têm. No fundo, a incapacidade de chegar aos meios que promovem a música lá fora, como as rádios. “Da mesma forma que para promoveres em Portugal um single tens que ter alguém em todas as rádios, como é que tu consegues chegar a um gajo de uma rádio inglesa? Não tens nome para isso.”

Ainda assim, existem associações que visam contrariar esta falta de mobilidade. A Why Portugal é uma delas. Criada em 2016 pela AMAEI (Associação de Músicos, Artistas e Editoras Independentes) e cofinanciada por fundos Europeus (Portugal 2020), tem como propósito dar mais visibilidade internacional à música portuguesa. A Why integra a direcção da European Music Exporters Exchange (EMEE) e conta com presenças regulares nas maiores feiras, festivais e showcases como o Eurosonic, o Reeperbahn e o gigante South by Southwest (SXSW) em Austin, Texas, onde em Março deste ano, levou uma comitiva com três artistas portugueses (DaChick, Holly e Surma, na foto abaixo)

Exportação

© Hugo Domingues