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FORMAÇÃO GERAL
A arte de argumentar
Por Beatriz Rosa, 11.º A3
N
não o são, induzindo em erro),
procurou dar-nos a entender a ra-
zão pela qual estes não se podem
considerar bons argumentos: des-
de exemplos de falácias por gene-
ralização, em que foi estabelecida
uma relação de extrapolação entre
a comida fastfood e a obesidade,
por exemplo, até falácias por ana-
logia, em que não se podem esta-
belecer certas comparações, tais
como, entre a família e a empre-
sa.
o dia 1 de março,
pelas 10 horas e
trinta minutos, algumas turmas do
11.º ano da nossa escola assisti-
ram à palestra dada pelo Profes-
sor Pedro Santos, da Faculdade
de Ciências Humanas e Sociais
das Universidades do Algarve e
de Lisboa, sobre “A arte de argu-
mentar”. Esta palestra foi fruto de
uma parceria entre a UAlg, a Bi-
blioteca ESJAC e o Grupo Disci-
plinar de Português
Inicialmente foram-nos men-
cionadas as áreas do estudo da
argumentação, já de si conhecidas
por todo aquele que estuda filoso-
fia, bem como apresentados, num
pequeno aparte do professor, di-
versos cursos, disciplinas e influ-
ências bibliográficas em que este
tema é abordado. Desta forma,
acredito que o palestrante procu-
rou realçar a importância do tema
que iria seguidamente apresentar.
A palestra apresentada focou-
se, principalmente, na preocupa-
ção em produzir e avaliar argu-
mentos. Para isso, o orador deu-
Julgo que o seu objetivo prin-
nos a conhecer as principais três
cipal
foi, então, despertar nos alu-
perguntas que definem a argu-
nos a procura de argumentos váli-
mentação:
dos e auxiliá-los a distinguir des-
• “O que é argumentar?”;
tes os argumentos falaciosos tão
• “O que é argumentar bem?”;
presentes no nosso discurso.
Após ter assistido à palestra
• “O que é argumentar mal?”.
posso, assim, afirmar que a arte
Ao longo da palestra. abordou de argumentar relaciona-se não só
estas perguntas de uma forma in- com a criatividade, mas também
formal, o que, na minha opinião, com o respeito pelas regras que
fomentou a participação e o inte- impedem e identificam as falá-
resse dos alunos. Recorrendo a cias. Argumentar não constitui,
exemplos falaciosos do dia a dia simplesmente, ganhar um debate,
(os quais parecem argumentos em que a nossa opinião prevalece
bem estruturados e válidos, mas sobre outras. O que realmente
define a argumentação é procurar
absorver conhecimento sobre o
assunto discutido com alguém
que discorda da nossa opinião,
pois as razões e pontos de vista de
outros podem até encontrar-se
corretas. A ideia é possuir um es-
pírito autocrítico, em que procu-
ramos perceber onde e se é que
estamos errados, ao sermos con-
frontados por pessoas que discor-
dam de nós.
Considero que as metodolo-
gias e a forma dinâmica e entu-
siástica com que o professor Pe-
dro Santos apresentou este tema
relevante, quer na disciplina de
Português, quer na de Filosofia,
tornaram esta palestra, no meu
ponto de vista, agradável e essen-
cial para solidificar os assuntos já
antes trabalhados nas disciplinas
referidas, bem como melhorar e
corrigir tanto o nosso discurso
como a nossa forma de pensar,
pois muitas destas falácias afetam
-nos de uma forma ou de outra.
Ainda durante a apresentação,
o docente interagiu com os alunos
de uma maneira confortável e ca-
rismática, transmitindo o assunto
de forma clara para todos os dis-
centes e respondendo solicita-
mente às várias questões que lhe
foram colocadas por estes. Espe-
remos, então, voltar a vê-lo em
breve na nossa escola para nos
elucidar, se não sobre este, sobre
outros temas de igual importân-
cia.
Apreciação crítica orientada pela profes-
sora de Português, Ana Rita Diniz
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