Jornal EcoEstudantil, n.º 31, maio 2018 26 Jornal maio 2018 | Page 10

CIDADANIA

Segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem ( art . 16 .º, 1948 ), “[ a ] família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado ”. Todavia , pais homossexuais continuam a ser percecionados socialmente de forma diferente de pais heterossexuais , sendo frequente o uso de argumentos e crenças sem fundamento científico que põem em causa a capacidade parental destes indivíduos .
Dos argumentos frequentemente utilizados , podemos referir , entre outros , os baseados na conceção irrealista de que , para crescer saudavelmente , uma criança precisa , simultaneamente , de um pai e de uma mãe presentes na sua educação , e , ainda , aqueles resultantes da ideia de que a orientação sexual dos pais se “ transmite ” aos filhos , afetando assim a sua identidade de género .
Mas a adoção e a coadoção não são as únicas maneiras de um casal homossexual formar família . De facto , estas famílias já existiam em Portugal antes da adoção ser legalmente acessível a estes indivíduos . O recurso a técnicas de Procriação Medicamente Assistida , como a inseminação artificial , a fertilização in vitro , a fertilização recíproca e a gestação de substituição , apesar das limitações que estas técnicas acarretam , são possíveis alternativas à adoção , sendo ainda frequente a existências de crianças , neste tipo de famílias , provenientes de relações heterossexuais anteriores .
Nota : Artigo retirado de um trabalho de investigação científica mais aprofundado que se encontra em elaboração , orientado pelo professor José Monge , no âmbito da disciplina Página 10 de Sociologia do 12 º
ano .
Ensino Básico

S egundo a tradição , durante as festividades cristãs da Páscoa , muitas crianças iam às casas dos seus padrinhos para receber o bolo Folar , inicialmente designado « Folore », que simbolizava a reconciliação , a união e a amizade . Por forma a ir ao encontro deste hábito enraizado em Portugal , o grupo de Educação Especial e respetivos alunos resolveram « meter as mãos na massa » e confecionar Folares das regiões da Beira Baixa e Algarve , tirando , assim , partido da diversidade do grupo .

Esta atividade foi desenvolvida com base no entusiasmo e dedicação dos envolvidos , que se disponibilizaram num trabalho de equipa , na troca de ideias e receitas , na partilha de saberes e competências , tendo sido aplicados todos os recursos disponíveis para dinamizar e estimular novas aprendizagens .
Deste modo , a sala da Unidade de Ensino Estruturado da escola
Folares da Páscoa
Por Equipa de Professores de Educação Especial , DPPC
EB2 / 3 D . Paio Peres Correia serviu de palco a esta iniciativa , que se constituiu como um espaço comum de crescimento e desenvolvimento pessoal e social e , ainda , de práticas , aberto à troca de experiências , dando a conhecer aos alunos , futuros atores intervenientes da comunidade , outras tradições e hábitos diferentes dos observados no seu dia a dia .
Este « projeto » foi indispensável para consolidar os laços dentro do grupo , uma vez que exigiu trabalho , organização e cooperação de miúdos e graúdos .