Jornal ECOESTUDANTIL, n.º 30, jan. 2018 Jornal EcoEstudantilESJAC jan 2018 | Page 9

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Aula no exterior do 11.º TTur O Algarve acima e abaixo de terra A final, o Algarve, não é apenas sol e mar! Quando pensamos em turismo no Algarve, imediatamente associa- mos a praias e verão. É inquestio- nável a importância que este pro- duto turístico tem na economia regional e nacional, atraindo milha- res de nacionais e estrangeiros ao sul de Portugal. No entanto, o pro- blema da sazonalidade da atividade fragiliza a região e, principalmente, quem nela trabalha. É urgente pro- curar ofertas alternativas, para épo- cas e públicos diferenciados, para que nós, estudantes de turismo, possamos, no futuro, dedicar-nos a uma profissão mais segura e valori- zada. Na disciplina de Geografia, do 11º ano, do Curso de Técnico de Turismo, ministrada pela professo- ra Soledade Ferreira, estudámos o quadro natural de Portugal, desta- cando a importância do relevo, do clima e da água como potencialida- des turísticas do nosso país. Nesse sentido, e perante a pergunta, “Que características naturais apre- senta o Algarve, para além da pai- sagem litoral, suscetíveis de apro- veitamento turístico?”, surgiu a ideia de explorarmos o Barrocal e o su bsolo da nossa região! Contactámos o Centro Ciência Viva do Algarve que, em parceria com a Geonauta, nos proporciona- ram um dia extraordinário de exploração de uma gruta calcária e de descoberta da riqueza vegetativa tão característica do nosso clima mediterrânico. A atividade de espeleologia reali- zou-se no dia 27 de novembro de 2017, na gruta de Vale de Telheiro, em Loulé, mais conhecida por gru- ta-labirinto, devido à sua grande extensão e às suas inúmeras salas, escavadas pela água, ligadas entre si. Foi uma atividade incrível! Não foi fácil circular por entre calcários e argilas, sem escorregarmos e sem nos sujarmos completamente! Des- cidas e subidas, agarrados às pare- des, na escuridão da gruta… vale- ram-nos os capacetes e as lanter- nas! A exploração do Barrocal foi também muito enriquecedora. Alfarrobeiras, medronheiros, car- rascos, aroeiras, palmeiras Anãs… São as características do solo e do clima do Algarve que tornam pos- sível o desenvolvimento da incrível riqueza da biodiversidade do Bar- rocal. Mostrar esta paisagem aos turistas que nos visitam, associan- do as espécies vegetais à Dieta Mediterrânica e ao artesanato local, será certamente um passeio muito apreciado. Como não podia deixar de ser, a professora de Comunicar em Inglês, Teresa Leal, também nos acompanhou nesta visita. Sim, por- que os nossos turistas não são todos portugueses, sendo necessá- rio aprender este vocabulário espe- cífico em inglês! É um gosto aprender fora da sala, pelo que agradecemos à Câmara Municipal de Tavira o transporte disponibilizado. Texto orientado pela professora do Grupo Disciplinar de Geografia, Soledade Ferreira. Página 9