Jornal do Clube de Engenharia 581 (Agosto de 2017) | Page 10
a perda de valor ao longo do
tempo causada por desgastes ou
obsolescência.
Avaliação de
máquinas e
equipamentos
Máquinas e equipamentos
industriais são grandes
investimentos para os empresários
que os adquirem. É fundamental
ter conhecimento do quanto o
bem se desvaloriza com o tempo.
Alguns métodos de avaliação
desse tipo de patrimônio foram
apresentados pelo engenheiro
industrial mecânico e perito Elinei
Winston Lima e Silva em palestra
no Clube de Engenharia em 18 de
julho. O evento teve promoção da
Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) e Divisão Técnica de
Engenharia Econômica (DEC),
além do apoio da Divisão Técnica
de Ciência e Tecnologia (DCTEC)
e da Associação Brasileira de
Engenheiras e Arquitetas do Rio de
Janeiro (ABEA-RJ).
A valoração de máquinas e
equipamentos pede a compreensão
de alguns conceitos como a vida útil,
o tempo previsto entre a entrada
em operação do bem e sua retirada
de serviço; vida útil econômica,
definida como o tempo durante
o qual o usuário pode considerar
o bem como útil; e a depreciação,
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Uma das motivações para a avaliação
de máquinas e equipamentos é
descobrir se a aquisição de um
equipamento, considerando a
desvalorização que este sofrerá, é
mais vantajosa ou não do que aplicar
seu valor no mercado financeiro.
Para Elinei Winston, o método
de avaliação ideal para esse caso é
o método da taxa de depreciação
fixa. Leva-se em consideração,
entre outros fatores, o valor do
bem quando novo e o período de
utilização, com uma taxa fixa de
depreciação a ser aplicada a cada ano,
com o objetivo de determinar o valor
daquele bem no momento da vistoria
ou em outra data relevante, como o
final da vida útil.
Já para o caso de avaliação
do bem por determinação da
justiça, é recomendável uma
metodologia bem aceita por agentes
governamentais que fiscalizam e
taxam as operações industriais,
como a Receita Federal, chamada
de Método da Linha Reta. Segundo
o perito, é mais simples e eficiente.
Nesse método, considera-se que
a depreciação total do produto,
desde o início até o fim da vida
útil, é uma só e se distribui
uniformemente ao longo dos
anos de uso. O Método da Linha
Reta possibilita às empresas uma
previsão da depreciação antes da
mesma ocorrer e se planejar para
manutenção e reposição. Saiba
mais sobre o assunto no portal
do Clube de Engenharia: bit.ly/
maquinasindustriais
O transporte aquaviário no Rio
Linhas de transporte aquaviário para a Região Metropolitana esbarram, entre outras graves questões,
na falta de diálogo com a sociedade e em contradições de órgãos que não se conectam.
Os movimentos de mobilidade
urbana do Rio de Janeiro cumprem
uma agenda de reuniões e ações
práticas para, o quanto antes,
conquistarem novas linhas de
transporte aquaviário para a Região
Metropolitana. A perspectiva de
um uso mais racional e democrático
da Baía de Guanabara foi o tema
do “Fórum Itinerante Baía Viva”
realizado no Clube de Engenharia
em 28 de julho, organizado pelo
Movimento Baía Viva, Comissão
do Trem de Saracuruna (Comtrem),
Casa Fluminense, Fórum de
Mobilidade Urbana e o Clube
de Engenharia, com o apoio da
Divisão Técnica de Engenharia
do Ambiente (DEA) e da Divisão
Técnica de Transporte e Logística
(DTRL).
Em 22 de junho, a Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro
(ALERJ) aprovou o Projeto de Lei
1.542/12, criando uma nova linha
de barca da Praça XV, no centro
do Rio de Janeiro, até Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. Em
17 de julho, o projeto foi vetado
pelo governador do Estado e está
prevista nova licitação para as quatro
linhas existentes, hoje geridas pela
CCR Barcas, que deixará o serviço
por decisão do Ministério Público.
O novo edital de licitação não
reconhece a possibilidade de criação
de linhas que, como diversos estudos
já comprovaram, são viáveis, ligando
o centro do Rio a São Gonçalo,
Duque de Caxias e Ilha do Fundão,
entre outros, deixando a cargo do
futuro operador, facultativamente,
apresentar estudos de viabilidade
de novas linhas após um ano em
operação.
Sérgio Ricardo Verde, do
Movimento Baía Viva, apontou,
ainda, grave contradição: “A
Secretaria de Estado de Transportes
quer congelar a licitação apenas
das linhas que já existem, e ao
mesmo tempo o Plano Diretor
Urbano Integrado da Região
Metropolitana (PDTU) está
propondo a revitalização do fundo
da Baía de Guanabara, de Caxias
e Magé”, questionou. Sebastião
Soares, 1º vice-presidente do
Clube de Engenharia deu ênfase
ao fato de a Baía de Guanabara
representar não um ônus mas um
bônus da cidade e de, no entanto,
ser pouco utilizada na finalidade
de transportar a população, com
qualidade e modicidade tarifária.
E o conselheiro do Clube de
Engenharia José Stelberto destacou
o planejamento democrático da
cidade. Segundo ele, mesmo as
pequenas obras costumam ser
mal planejadas para dar brechas a
pedidos de novos recursos, e isso
se tornou um hábito. É preciso
planejar eticamente e em diálogo
com a sociedade: “A questão não é
técnica. É política. É da participação
dos interessados de maneira
transparente. Esse é o interesse do
Clube de Engenharia em discutir e
aprofundar essa questão”. Leia mais
no portal do Clube de Engenharia:
bit.ly/mobilidadeguanabara
www.clubedeengenharia.org.br