Joias Hotel
O ANDROIDE ALIENÍGENA
Pule este conto. Se eu fosse você passava direto para
o outro seguinte e não perderia tempo lendo um conto portador
de um cheiro tão ruim como este. Como já dizia um respeitado
filósofo mineiro: “Conto é como peido; a gente só suporta o da
gente”.
Vai ler assim mesmo? Pois bem, então deixo claro que, o
culpado é o sucesso do polo limeirense de joias que invadiu até
outras galáxias, atraindo o protagonista deste conto que não é,
nem de longe, um terráqueo.
Seguinte: há séculos, existe uma paranoia geral
especulando sobre a existência de androides alienígenas
habitando o nosso planeta. E alertando que, como os androides
têm a nossa semelhança física, naturalmente não seríamos
capazes de distingui-los de um terráqueo qualquer. Dizem que,
se ele for um androide comum, o mesmo poderá estar na pele do
seu vizinho, da soldadora de brincos e anéis, ou do Ricardão...
Se ele for um androide entojado, ele poderá estar na pele do
Steve Jobs, da Luana Piovani, ou da designer da H. Stern...
No hotel chegou um androide alienígena uma vez. Ele
estava na pele de um senhor de cinquenta e poucos anos, bemalinhado, rechonchudo, sisudo, e, sem educação. Tá certo que, o
nosso planeta está demasiado carente de praticantes de bons
costumes. Todos os continentes estão abarrotados de cidadãos
que, em público, coçam a bunda, escarram no chão e arrotam na
cara de qualquer um. Agora, o que este cinquentão aqui fez,
69