Joias Hotel Joias Hotel | Page 18

Gilberto Candido tantos anos, desde que nos conhecemos, ardentemente, alimentado pela absorção de nossas devotas súplicas. Te amo! O COLAR Minhas mãos deslizam suavemente por debaixo de seus cabelos e, caprichosamente, meus dedos vão resvalando a sua nuca. Beijo levemente o seu pescoço. Ah, o colar! Recordo-me de quando te dei um, há dois anos, meses depois de oficializarmos o nosso romance. Eu tinha certeza de que você iria gostar. Porém, não imaginava a surpreendente dimensão de seu contentamento. Assim como aquele, esse também que tu aparatas agora, dispersa encantos em harmonia no seu busto, ora pelos cristais que fascinam por suas vibrantes energias. Parece magia tanta perfeição. Aliás, em você tudo é perfeito. Tudo é tão perfeito que no átrio de nosso lar vou instaurar uma estátua de minha devoção a ti e... Perdoe-me. Você já tem me dito que não pretende que eu a venere por sua fotogenia. Que não te mitifique em abstratos, mas, sim, com a simetria que representa a pessoa de corpo e alma que você é. Te amo! O BROCHE Um rendado sutiã, com bojo na parte inferior, recobre os seus seios. Sou grato pelo mistério que me propusestes, pela minha ignorância do que suponho haver, ou não haver, no entrelaço deste às suas costas. Pensava eu, que todos os sutiãs tinham fechos exclusivamente na parte de trás. O seu tem um fecho brilhante na frente, entre os seios. Levo-me a precipitar nos descaminhos de pedir-lhe que vire de bruços para que, assim, eu possa saciar a minha curiosidade. Mas me detenho. 18