Janela do Calhau nº 3 Janela do Calhau nº 3 | Page 3

janela do calhau janela do calhau Passagem de nível da Cruz da Pedra Eventos M useu Madre Teresa de Saldanha —06 de Julho Visita à Sala-Museu Madre Teresa de Saldanha D ia mundial da cerveja—01 de Agosto A Linha de Sintra é uma ligação ferroviária entre as localidades de Lisboa e Sintra, em Portugal. O primeiro troço, entre Alcântara-Terra e Sintra, foi inaugurado em 2 de Abril de 1887, tendo a ligação até ao Rossio sido aberta em Junho de 1891. 06 de julho de 2014, às 10:30 hrs Passagem de nível da Cruz da Pedra, São Domingos de Benfica, 1969. Arnaldo Madureira, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.. A niversário da Associação de Moradores Flor da Serra— 08 de Setembro N oite de Tango electrónico —20 de Setembro A linha de Sintra é actualmente uma das quatro linhas da rede de comboios suburbanos de Lisboa. Foi inaugurada a 2 de Abril de 1887, aquando da abertura da Linha do Oeste, entre Alcântara-Terra e Agualva Cacém, com uma ramal em direcção a Sintra. Em 1891 foi iniciado o serviço RossioSintra. Sucedeu ao comboio Larmanjat que, a partir de 1871, ligou durante alguns anos Lisboa (Rego) a Sintra. A 28 de Outubro de 1956 a linha passa a ser electrificada. Linha em via dupla, sendo quadriplicada entre a junção do ramal do Rossio e Monte Abraão. A ligação às estações de Campolide e Rossio esteve temporariamente interrompida por motivo de obras de consolidação no túnel do Rossio. Sucessivas obras de beneficiação e modernização da linha de Sintra levaram ao fecho de algumas estações e apeadeiros. Os apeadeiros da Cruz da Pedra e de Santa Cruz são os exemplos mais recentes (fim dos anos 90). A estação de São Domingos de Benfica foi encerrada algumas décadas antes. Monsanto, o pulmão de Lisboa - cont. D as quintas ao aqueduto Ao longo dos séculos, a zona continuou a ser uma fértil fonte de alimento. Aos campos de cereais e de pastoreio, juntaram-se os moinhos de vento, que são referidos, pela primeira vez, no século XIV, no documento através do qual D. Dinis doou ao almirante Micel Manuel o reguengo de Algés, abrangendo parte do atual Parque Florestal de Monsanto. A partir do século XVI, a zona começa a ser ocupada por quintas de recreio onde as famílias mais poderosas da capital descansavam e faziam caçadas. Era o caso das matas de São Domingos de Benfica e das quintas dos marqueses de Fronteira e do paço de Alcântara, que, no século XVII, se transformou na Tapada da Ajuda. Na sua Descrição da Cidade de Lisboa, o historiador quinhentista Damião de Góis escrevia: “O território da cidade, para qualquer direção que se deite a vista, está polvilhado por toda a parte de casas de recreio suburbanas e de quintas rústicas, com edifícios magníficos, devido à fecundidade dos campos. As quintas rústicas e as casas de campo das redondezas ultrapassam o número de seiscentas.” to das Águas Livres. A escassez de água potável era um problema crónico na cidade, uma vez que o Tejo, contaminado pelo sal da água do mar, nunca foi uma opção. Alfama era o único bairro com nascentes de água, mas estas tornaram-se insuficientes quando a cidade começou a ultrapassar a muralha medieval. Para resolver o problema, surgiu a ideia de aproveitar a água da ribeira de Carenque, em Belas (Sintra), tal como haviam feito os romanos, verdadeiros peritos na construção de redes de abastecimento, que construíram uma barragem e um aqueduto no local. A 12 de maio de 1731, D. João V mandou construir o monumento ainda hoje existente, que parte do vale de Carenque, chega a Monsanto pelo Calhariz de Benfica, ultrapassa o vale de Alcântara por meio de arcos e termina na Mãe d’Água das Amoreiras. Concluído apenas em 1799, o aqueduto transportava diariamente 1300 metros cúbicos de água (três vezes mais do que a oferta original) e só viria a ser desativado em 1967. O século XVIII viu nascer uma das mais impressionantes obras da história de Lisboa: o AqueduContinua no próximo número 14 http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=785754 3