Janela do Calhau nº 3 Janela do Calhau nº 3 | Page 10
janela do calhau
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Tempo de poesia & Tempo de reflexão
Dicas & Delicias
Caracóis à portuguesa
Ingredientes:
2 kg caracóis
2 c. sopa azeite
3 dente(s) de alho
1 cebola(s)
1 folha(s) de louro
orégãos
q.b. piripiri em pó
q.b. sal e pimenta
Preparação:
1. Leve os caracóis ao lume
numa panela de água (dois ou
três dedos acima dos caracóis).
2. Junte o azeite, os alhos, a
cebola cortada em quartos, o
louro, os orégãos e tempere
com sal, pimenta e piripiri.
3. A fervura deve ser suave e
longa (cerca de 2 horas) e a
espuma retirada de vez em
quando.
Conserve-os no líquido da cozedura até a altura de servir.
4. Sirva quente em pratinhos
com um pouco de caldo.
Sangria de Espumante
Ingredientes:
75cl de espumante doce
50cl de 7up
2 maçãs doces
1 pêra doce
2 limões
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Preparação:
1.Lave bem a fruta.
2.Corte a fruta em cubos médios e coloque-os numa jarra.
3.Adicione o espumante e a
7up.
4.Misture bem e leve ao frigorifíco entre 30 minutos a 1
hora.
5.Sirva bem fresco!
Bolo de bolacha
Ingredientes:
2 emb. bolacha-maria
4 gema(s) de ovo
125 g manteiga
250 g açúcar
1 caneca café muito forte
côco ralado
bolocha-maria ralada
Preparação:
1. Bater as gemas, o açúcar e a
manteiga muito bem até a
mistura ficar cremosa.
2. Fazer café forte e passe as
bolachas, uma a uma pelo café, não muito quente, e deixam-se arrefecer.
3. Coloca-se uma primeira
fiada de bolachas num prato,
como por exemplo em forma
de flor, e depois barra-se com
o creme.
4. Depois volta-se a colocar
outra fiada de bolachas embebidas em café e depois o creme, e assim sucessivamente.
5. Por fim barra-se o bolo por
fora e polvilha-se com o coco
ralado e bolacha ralada.
Espaço Autoconhecimento:
VOCÊ SABE OU VOCÊ SENTE?
Você já reparou o quanto as
pessoas falam dos outros? Falam de tudo. Da moral, do comportamento, dos sentimentos,
das reações, dos medos, das
imperfeições, dos erros, das
criancices, ranzinzices, chatices,
mesmices, grandezas, feitos,
espantos. Sobretudo falam do
comportamento. E falam porque supõem saber. Mas não
sabem. Porque jamais foram
capazes de sentir como o outro
sente. Se sentissem não falariam.
abrir-se a qualquer forma de
sentimento. É analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados
fluir sem barreiras, sem medos,
os maus, os bons, os pérfidos,
os sórdidos, os baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos. Só quem deixou
fluir sem barreiras, medos e
defesas todos os próprios sentimentos, pode sabê-los, de senti
-los no próximo.
Espere florescer a árvore do
próprio sentimento. Vivendo,
aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.
A verdade é que só sabemos o
que já sentimos. Podemos intuir, perceber, atinar; podemos
Só pode falar da dor de perder até, conhecer. Mas saber jaum filho, um pai que já perdeu, mais.
ou a mãe já ferida por tal amputação de vida. Dou esse Só se sabe aquilo que já se senexemplo extremo porque ele tiu.
ilustra melhor. As pessoas falam da reação das outras e do
comportamento delas quase
sempre sem jamais terem sen- A força que você tem dentro de
si é fonte geradora de energia,
tido o que elas sentiram.
de vida e de amor. Para ela
Mas sentir o que o outro sente não existe tarefa impossível.
não significa sentir por ele. Isso Ren ove a cada dia a força inteé masoquismo. Significa perce- rior e agradeça a Deus por esse
ber o que ele sente e ser sufici- dom que lhe dá infinita paz e
entemente forte para ajudá-lo capacidade de superar qualexatamente pela capacidade de quer obstáculo.
não se contaminar com o que o
machucou. Se nos deixarmos
contaminar (fecundar?) pelo
sentimento que o outro está
sentindo, como teremos forças
para ajudá-lo?
Só quem já foi capaz de sentir
os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber algo sobre
as outras pessoas e aceitá-las,
com tolerância. Sentir os muitos sentimentos do mundo não
é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso é ser infeliz. Sentir os muitos sentimentos do mundo é
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Realidades Actuais—continuação
A FAMÍLIA NUMA SOCIEDADE EM MUDANÇA
INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE
A família tem merecido uma constante
centralização na vida da sociedade. As várias propostas objectivas, assim como a
dinâmica da própria família procura dar à
sociedade instrumentos que são pertinentes para remover obstáculos, dificuldades
institucionais que muitas vezes se opõem
ao progresso, ao desenvolvimento e à realização plena e concreta da vida familiar.
Assim, a sociedade não pode fugir à sua
responsabilidade. A família exige e estimula
o dever e a obrigação que a sociedade tem
para consigo. A família sofreu as mudanças
da sociedade, procurando adaptar-se e
estruturar-se em
função das novas realidades, novos problemas.
Mas, efectivamente, a sociedade procurou
estruturar e adaptar as suas funções, respondendo às novas realidades tanto estruturais como funcionais da família. Falamos
assim de dois tipos de influência da família
na sociedade:
Em relação ao empenhamento e às escolhas económicas, estas são destinadas ao
bem-estar e funcionamento da família. A
economia de uma sociedade não pode pôr
em questão os direitos de uma família viver
dignamente. A Família tem direito a ter
pelo menos os bens primários para sobreviver e possuir a sua
estabilidade, não só económica, mas também emocional e psicológica (Almeida e
Guerreiro, 1993: passim). A harmonia familiar passa por uma alimentação suficiente e
saudável, uma boa educação e alojamento
condigno para o agregado familiar.
É a partir destes factores que a família intervém na economia da sociedade, para
que esta, através de uma aplicação correcta das suas riquezas, satisfaça com orçamentos capazes as suas necessidades e
possa servir o seu desenvolvimento e promoção económica, numa linha mais justa,
mais igualitária e mais humana. Em relação
às escolhas no âmbito da comunicação
social, pode evidenciar-se fundamentalmente o contributo para modificar a mentalidade da opinião pública, mas é necessáInfluência no sentido finalístico
rio que seja favorável em relação aos valores mais fortes da família. Às comunicaA família influencia enquanto propõe obções, como programas de rádio, televisão,
jectivos e finalidades às várias instituições.
cinema, etc., a família não fica alheia e imA família interessa-se pelas escolhas espepávida, tendo mesmo o direito e a obrigacíficas e inovadoras dos agentes institucioção de seleccionar o que mais dignamente
nais que têm influência social em função do
a enriquece e a torna feliz, neste campo.
progresso, bem como da sua estabilidade,
embora tendo em conta a ideologia preSendo assim, a família tem um importante
sente nos diferentes contextos sociais.
papel a desempenhar na elaboração e programação que a sociedade lhe oferece.
Para entendermos melhor este fenómeno
será conveniente apresentar, embora sumariamente, alguns exemplos e ficarmos
com uma ideia mais clara e objectiva da
realidade. Sendo assim, falamos do empenhamento nas escolhas económicas; de
escolhas no âmbito da comunicação social;
na programação e actuação de leis e prescrições sociais; no planeamento de projectos urbanísticos que contribuam para melhorar as condições de vida da família.
truição.
Também deve reconhecer-se que a família
deve exercer a sua acção, revelando-se
descontente com programas desfavoráveis
à sua realização. Por conseguinte, deverá
repudiar esses programas e contribuir para
a programação e elaboração daqueles que
transpareçam pela positiva e respondam às
suas aspirações fundamentais. De facto, o
contributo da família na mudança é importante, na defesa dos valores que lhe são
peculiares. Por outro lado, é fundamental
que a programação e actuação de leis e
prescrições sociais determinem perspectivas que tornem a instituição actual mais
válida e capaz de se colocar em condições
de desempenhar a finalidade natural e sociocultural, realizando os seus objectivos e
prestando um bom serviço à família. A sociedade deve planear e programar projectos
urbanísticos, relacionados com habitações
e casas que sirvam à família, que se encontrem predispostas e sejam construídas de
modo a responderem às condições e exigências de uma boa convivência familiar.
Finalmente, devem também ser criadas
áreas verdes, espaços para o uso de tempos livres para crianças, jovens, adultos e
idosos, principalmente porque hoje fazem
parte essencial do funcionamento e adaptação da família às novas situações estruturais e funcionais nas quais se encontra.
Sabemos como é importante que a família
se interesse pela criação e pela manutenção destes espaços, sobretudo nas grandes cidades, onde são normalmente reduzidos. A família tem neste campo um papel
que lhe é atribuído e que ninguém a pode
substituir; à família cabe escolher.
Na realidade, a comunicação social, com
todos os seus aspectos, predominantemente familiares, pedagógicos, ocasionais, bem
como com as modalidades ligadas à complexidade da vida social e às componentes
que dela fazem parte, deve adequar-se aos
interesses da família.
Uma das vias possíveis, para esta acção da
família, poderá consistir na busca em compreender melhor os programas que maior
atractividade exercem da parte daqueles
que se des eja atrair. Daí que a família se
deva interessar face a programas que a
dignifiquem e não sirvam para a sua desContinua no próximo número
Fonte: A Família numa Sociedade em Mudança - Problemas e Influências Reciprocas MARIA OLÍVIA DIAS
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