Israel e o Conflito Árabe-Israelense Breve Guia Para Perplexos Portuguese | Page 26

20 Israel e o Conflito Árabe-Israelense
Qatar e a Tunísia recusaram-se a reconhecê-lo oficialmente , mas , contudo , iniciaram ligações econômicas e políticas . E outros países árabes , que em grande parte , pelo menos ate agora , optam por ser mais discretos , têm desenvolvido pontos de contato com Israel . Estes têm desenvolvido variedade de formas , designadamente em anos recentes – incentivados pelas preocupações comuns quanto à assertividade e às ambições do Irã naquela região – mas raramente são mostradas à luz do dia .
Mais uma oportunidade de paz foi desprezada pelos palestinos em 2000-01 .
Quando Ehud Barak se tornou primeiro ministro em 1999 , anunciou uma agenda ambiciosa . O líder de centro-esquerda israelense disse que tentaria atingir um histórico fim para o conflito com os palestinos no prazo de treze meses , retomando no ponto onde os seus predecessores tinham desistido , e aproveitando a boleia da força da Conferência de Madrid de 1991 , as primeiras conversas de paz desde o acordo de Camp David e os Acordos de Oslo , que estabeleceram uma Declaração de Princípios entre Israel e os Palestinos . Como se pode ver depois , ele foi muito além do que ninguém em Israel poderia achar possível na sua vontade de comprometer-se na procura da paz .
Com o apoio ativo da administração Clinton , Barak levou o processo tão longe e tão rápido quanto pode , e ao fazer isto , abriu mão de pontos tão sensíveis quanto Jerusalém , para tentar chegar a um acordo . Mas Clinton e ele falharam .
Arafat não estava pronto para se comprometer com o processo e conseguir um bom desfecho .
Em vez de avançar com as conversas , o que teria conduzido à criação do primeiro estado palestino da história , com a sua capital em Jerusalém Oriental , virou as costas ao processo ao tentar persuadir Clinton , contra todo o bom-senso , da inexistência de qualquer ligação dos judeus com Jerusalém , lançando ainda a