INTERPRESS (Junho, 2018) | Page 33

Interpress MUNDI Online MUNDI News foram registradas 190 agressões e a maioria foi provocada pela polícia. Este não é um problema novo, todavia o Estado brasileiro não efetuou medidas para alterar a situa- ção, de acordo com a ONG Repórteres Sem Frontei- ra. A organização também aponta que, na América Latina, o Brasil é o segundo país mais perigoso para os profissionais, ficando atrás apenas do México, e a maioria dos crimes envolvem investigadores de corrupção e crime organizado em cidades pequenas e médias do país. Jornalistas mortos até o dia 1 de Maio de 2018 em todo o mundo Em 21 de fevereiro o jornalista e sua noiva, Mar- tina Kusnirova, foram baleados na aldeia em que moravam. O seu último artigo, inacabado, continha denúncias de ligações entre políticos e a “Ndrangheta, a máfia calabresa”. Cinegrafista sendo atacado com spray de pimen- ta, em 2013. Sob uma perspectiva nacional, as manifestações Dessa maneira fica evidente que o jornalismo que ocorreram no Brasil em 2013 e 2014 (como ou- tras) foram acompanhadas de violência e agressões generalizadas, onde os jornalistas que cobriam os atos também foram agredidos. Segundo a Associa- ção Brasileira de Jornalismo de Investigação, de risco, seja ele cobertura de guerras, catástrofes ou operações policiais, requer do profissional um preparo. A preparação não pode se limitar a técni- cas de segurança, pois apesar de sua vida correr pe- rigo, recursos como acesso à internet, 33