Inominável Nº 4 | Page 6

áreas da sociedade.No caso presente, cabe a cada um decidir se será ou um retrógrado elitista que sabe o que é um Spectrum, ou um totó subscrito a todos os fóruns, canais, revistas e sítios online do que é novo na indústria, ou pode até estar algures no meio. Qualquer das opções é viável.

Eu sou daqueles que glorifica a “época dourada” dos videojogos. O meu caso é tão grave que já comecei a usar a expressão “época dourada”, como verificam. Na verdade, sou parte da geração que começou a jogar quando se é demasiadamente novo para saber o que era o Spectrum (portanto, contra mim falo) e suficientemente velho para saber que o ícone típico de “Gravar” é um objecto estranho chamado “disquete”.

Não se admirem então com o meu discurso quase snob ao falar do assunto de hoje.

Hoje vou falar brevemente sobre jogos de estratégia, especificamente os chamados RTS (Real-Time Strategy ou Estratégia em Tempo Real), dos quais vou mencionar alguns exemplos. Estou desapontado com o género, pois parece-me que nos dias de hoje já não se fazem como antigamente (vêem? Eu avisei). Investigo jogos de estratégia mais recentes e não surge nada que me apele. Se calhar o problema é que fui mimado com jogos verdadeiramente fantásticos, mas esta hipótese cai por terra quando vejo alguns que costumava jogar.

O primeiríssimo jogo de estratégia que me lembro de jogar chama-se Metal Knights, mas não era em tempo real, sendo na verdade baseado em turnos. Gráficos ultra simples (suficientes para a altura) mas com uma profundidade de jogabilidade comparativa-tivamente elevada.

Andar à porrada

melhorou a minha vida

Q

ualquer pessoa que jogue videojogos cai ou acabará por cair no erro de olhar com nostalgia para o tempo em que “os jogos eram bons”. Obviamente, isto acontece em todas

por Rei Bacalhau

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mente elevada. O que era interessante era que na altura podia-se jogar aquilo online.