Inominável Nº 1 | Page 51

Nº 1 - Dezembro, 2015

Em 1942 é exibido “Holiday Inn”, com Bing Crosby e Fred Astaire e onde aquele canta uma das mais belas músicas de Natal, composta por Irving Berlin e que todos seguramente conhecem: “White Christmas”. Uma vez mais a boa música colocada ao dispor da sétima arte. Um filme a preto e branco e que nunca vi passar nas televisões.

Dois anos mais tarde, em plena Segunda Guerra Mundial, Vincent Minnelli realiza “Meet me in St. Louis” onde a sua futura mulher, Judy Garland, cantaria entre outras canções a celebérrima “Have Yourself a Merry Little Christmas”. Mais uma fantástica referência ao Natal, e que ainda hoje perdura.

Desde aquele tempo mundialmente conturbado até aos dias de hoje muita coisa mudou na sétima arte, especialmente a forma como esta se dedicou a mostrar o Natal: uma época de paz e harmonia, e onde palavras como solidariedade, amizade ou família parecem fazer sentido.

Todavia, nos últimos vinte, trinta anos surgiu uma espécie de “praga” cinematográfica a que deram o pomposo nome de “Comédias Românticas”. Uma “espécie” de sétima arte claramente muito pobre mas à qual a maioria dos actores não nega a sua presença. E que conta com imenso público!

Entretanto, no dealbar dos anos noventa, e destoando um pouco das matrizes já conhecidas para as películas de Natal, surgiu um filme a que baptizaram de “Home Alone”. O estrondoso sucesso das aventuras de Kevin, ao tentar defender a sua casa contra dois ladrões na véspera do dia de Natal foi tal que, ainda hoje, não há estação de televisão que não exiba o filme durante as festas natalícias. Tornou-se quiçá tradição…

Talvez a faixa musical deste filme não seja o seu prato forte, porém fica no ouvido aquele som melodioso de uma caixa de música antiga.

Seguiram-se-lhe algumas réplicas desta película, mas apenas uma delas foi concebida com os mesmos actores (mas sem o mesmo impacto e sucesso) e passada também na época natalícia. Trata-se justamente de “Home Alone 2”.

Mas das festas que se aproximam não conta unicamente o Natal. Há outrossim o Ano Novo. E aqui as nossas televisões variam na escolha dos seus filmes para exibirem madrugada fora. Desde o “Ghostbusters” ao “Back to the Future” e passando pelas “Aventuras de Indiana Jones”, tudo é possível nas longas noites de um novo ano.

Não se esqueçam de que o cinema não é só a arte de colocar em imagens sentimentos, mas vê-los placidamente desfilar na nossa frente.

Bom… em forma de conclusão convido-vos a que a época que se aproxima seja muitíssimo bem aproveitada. Deste modo, procurem bons filmes, boas músicas e tenham assim umas Festas Felizes.

A gente lê-se por aí!

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