Inominável Nº 0 | Page 9

Inominável/Outubro, 2015

Como eu dizia lá atrás, costumo ceder passagem aos ciclistas quando sou eu o peão e quero passar na passadeira, e porquê? Por duas razões: primeiro porque não quero estar a passar na passadeira, eles não pararem e virem contra mim ou passarem à rasca à minha frente ou nas minhas costas; a segunda é porque também costumo andar de bicicleta e compreendo que é meio chato ter de parar quando vamos bem embalados, e a preguiça é mãe de todos os vícios. Tudo bem, são vulneráveis, percebo perfeitamente isso, mas um peão é muito mais e, como tal, deveriam também compreender que têm esse dever, de parar, não é só ter direitos e, como eu gosto de prevenir, nem meto o pé quando avisto um.

Esta questão dos ciclistas tem muito que se lhe diga, compreendo perfeitamente os vários lados (ciclista, condutor e peão), tanto que a única coisa a que se pode apelar é ao bom senso: cada um faz a sua parte bem feita, previne magoar-se e de magoar os outros. Eu sei que é pedir muito, mas não custa tentar, não é?

Crédito/fonte da foto: © Mikael Colville-Andersen

Crédito/fonte da foto: http://www.deco.proteste.pt.

9