Inominável Nº 0 | Page 8

8

chamar, ou então os que seguem na sua máquina agrícola, se bem que o mais vulnerável é o ciclista; mas desde o início do ano existe uma nova lei que traz mais direitos aos ciclistas e mais deveres aos condutores de veículos a motor. Para mim não é nada de novo, sempre os interpretei como veículos frágeis e sempre tive imenso cuidado para manter uma distância segura e ceder a passagem em qualquer lugar, até mesmo quando eu sou o peão, mas mais à frente já passo a explicar.

Estava eu descansada a beber café, logo pela manhã, e aparece um senhor, fulo da vida porque tinha ficado “retido” atrás de um pelotão, Eles andam aos bandos, é uma vergonha dizia ele, uma pessoa quer ir trabalhar e chega atrasado porque agora decidiu tudo ser ciclista! Só porque a lei está do lado deles, não quer dizer nada, malditos pá!. Bom, mais parecia um discurso contra os impostos ou algo do género, mas não, eram apenas e só uns meros ciclistas a fazer a sua voltinha pela fresca.

A lei mudou e, muito sinceramente, mudou para melhor e só têm que aceitar isso. Quando alguém vem todo stressado a conduzir atrás de mim ou me apita por algum motivo, eu costumo dizer Está com pressa? Viesse mais cedo. Porque é verdade, as pessoas andam num tal stress, que até um maldito ciclista os incomoda. A lei agora permite-lhes seguir aos pares, terem prioridade nas ciclovias, rotundas, cruza-mentos e que possam seguir pela faixa dos transportes públicos. Porém, a lei também diz que devemos ultrapassá-los com a distância de segurança de 1,5m, ou seja, mudamos de faixa para tal, mas há pessoas que eu vejo todos os dias a colocar os ciclistas em perigo, porque são preguiçosas e egoístas, mais nada.

o

s ciclistas sempre foram mal vistos nas nossas estradas, assim como os ditos condutores dos Papa Reformas ou Mata Velhos, como lhes quiserem

por Vanessa

Os malditos ciclistas