Nº 9 - Agosto 2017
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período de tempo para entrarmos nele de novo. Se não o fizermos, um campo de energia de ficção científica começa lentamente a definhar-nos, até eventualmente sucumbirmos ao que eu imagino devem ser choques eléctricos ou ondas sonoras mortais com músicas ao vivo do Pedro Abrunhosa.
Se o videojogo já era stressante o suficiente, este conceito adiciona uma muito mais alarmante dinâmica, pois é bem possível que aquele sítio perfeito para emboscar outrem esteja subitamente fora do círculo. Adicionalmente, tendo em conta que o círculo fica progressivamente mais pequeno, os jogadores serão obrigados, no limite, a ter de estar a escassos metros uns dos outros.
Como já se disse, apenas um pode sobreviver.
Quer dizer, não necessariamente só um.
Se tivermos amigos podemos formar equipas e participar em partidas diferentes com 50 pares de indivíduos ou 25 equipas de 4.
A única coisa que eu poderia realmente dizer de mal do videojogo é o seu estado actual de desenvolvimento. Está em acesso antecipado, o que quer dizer que umas centenas de milhares de pessoas compraram-no e jogam-no antes de estar efectivamente acabado. Tem alguns problemas de estabilidade e de optimização, mas são perfeitamente aceitáveis tendo em conta que está muito jogável e que se adivinha um futuro próspero e divertido.
Excepto quando a porcaria dos edifícios não aparecem devidamente a tempo e não me permitem explorá-los e acabo por levar um balázio porque aquele gajo do outro lado da Europa tem um computador melhor do que o meu.