Inominável - Ano 2 Inominável Nº9 | Page 24

24

Olha, olha, uma porta aberta num dos edifícios. Ai ai, eles andem aí. Ok, agora sim vou para o meu modo ultra ninja. É como nos filmes. Avaliar bem os cantos, ser sub-reptício, estar atento, "empty your mind; bewater, myfriend" e tal. R.I.P. Bruce Lee.

Nesta casa não está ninguém, mas foi tudo limpo. Próxima. Com cuidado.

Não, aqui também não, mas ele passou claramente aqui. Próxima.

Não, já foi tudo limpo mesmo. Ah, está ali uma casa sem a porta aberta, que se lixe, vou lá, fosse quem fosse, já deve ter bazado.

Abro a porta, vejo coisas no chão. Ah, fixe, então estou mesmo sozinho, agora até virtualmente. Óptimo. Deixa lá ir ao..

.

TAC TACTAC

Ah! Hã? Ai, a minha vida, está a baixar. Viro-me para trás para ripostar, toma, come chumbo! Bom, aquela mesa já não me fará mal, mas o tipo fortemente armado à direita da mesa talvez possa.

Foi então que acabei em 41º lugar naquela competição.»

Termino assim um relato possível de uma partida típica de um videojogo relativamente recente que invadiu as casas e vidas familiares de muitos jogadores. Acredito inclusive que já terá tido tempo suficiente para destruir alguns casamentos. Peço que não ligueis à baixa qualidade do meu diálogo interno. Tentei inserir alguma autenticidade na narrativa escrevendo-a na primeira pessoa, porque é mais artístico e tal.

O videojogo em questão chama-se PLAYERUNKNOWN'S BATTLEGROUNDS. Não vos preocupeis, não estou a gritar convosco, o nome é propositadamente todo em maiúsculas, só não sei é explicar bem porquê. Vou tentar fazer uma génese do funcionamento do videojogo, na esperança de que podereis potencialmente compreender melhor o início deste texto: