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Mas antes destes anos, mais propriamente em 1959, precisamente o ano em que nasci, é apresentado Ben-Hur, um filme mítico vencedor de 11 Óscares da Academia Americana. Esta longuíssima metragem marcou-me pela imponência. Lembro-me de que o vi pela primeira vez no antigo cinema Tivoli e foi para mim marcante. Um filme que jamais esquecerei. Saliento que revi-o diversas vezes na televisão mas, ou é da idade ou do local, a verdade é que já não sinto o mesmo efeito de outrora.

Passemos então aos anos doirados dos “The Beatles”. Desta década surgiu, entre muitos, um filme que foi primeiramente visionado pelo meu pai em Angola aquando da sua vida militar, do qual ainda guardo o bilhete do cinema (imagine-se!!!), e que muitos anos mais tarde vi, não no cinema, mas na televisão. Refiro-me obviamente a Lawrence da Arábia. Entre vários “monstros” do cinema, como Anthony Quinn e Omar Sharif, que se apresentavam já como actores consagrados, Peter O’Toole foi o actor perfeito para a longa-metragem, dando ao enredo a pujança que este merecia. Uma obra-prima que ganhou um número infindável de prémios.

Os anos 70 trazem consigo tantos e bons filmes que tenho uma natural dificuldade em escolher entre “Taxi Driver”, “Tubarão”, ou “O Caçador”. Podia também aqui trazer “Apocalipse Now” ou simplesmente falar de “Rocky”. No entanto, opto por Voando sobre um ninho de cucos, um filme que não deixa ninguém indiferente. O realizador Milos Forman dá a Jack Nicholson a hipótese de brilhar e este não se faz rogado, arrecadando o Óscar para melhor actor. Um momento de cinema ímpar.

Como já falei dos anos oitenta, passo directamente e para terminar para o filme que vejo nem que seja os segundos da pena a cair. Chama-se Forrest Gump e neste filme Tom Hanks torna-se finalmente uma verdadeira estrela de cinema. Não é que nos filmes anteriores deste actor com origens lusas ele não tivesse representado ao mais alto nível. Porém, neste filme Tom ultrapassou a fronteira da mediania para se tornar um grande actor.

Creio que com esta carteira de filmes muitos de vós vão ter com que se entreter durante algum tempo.

Pelo menos até ao próximo número.

A gente lê-se por aí!

Nº 5 - Dezembro 2016

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