Informativo ABECO nº11 | Page 7

INFORMATIVO ABECO | Edição Nº 11 pelo magistério e pela Biologia: solicitei a minha transferência para a Licenciatura em Biologia, que acabava de ser criada naquela Universidade, ingressando formalmente no magistério no mês seguinte (março de 1972). Já o interesse pela ictiologia surgiu durante o curso de Mestrado em Zoologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que iniciei seis meses após ingressar como professor dessa disciplina na Universidade Estadual de Maringá (1976). Sob a orientação do saudoso Prof. Dr. Jayme de Loyola e Silva e, como coorientadora, a Dra Heloisa Maria Godinho, pesquisadora do Instituto de Pesca de São Paulo, a dissertação versou sobre a biologia reprodutiva de um peixe locarídeo no reservatório Capivari- Cachoeira, da bacia Leste. Esse interesse foi consolidado e ampliado para a ecologia de peixes durante o doutorado (1982-85), realizado na Universidade Federal de São Carlos 7 (UFSCar), sob orientação do Prof. Geraldo Barbieri, com a coorientação do Prof. José Roberto Verani. Devo aos meus orientadores a oportunidade de ingresso no quadro de docentes dos programas de pós-graduação da UFPR e da UFSCar, que além de impulsionar minha carreira científica, abriu caminho para a orientação de parte dos biólogos atuando no Nupélia naquela ocasião (10 teses e dissertações). Em 1982, ainda no início de meu doutorado, realizado em concomitância com minhas atividades docentes na Universidade Estadual de Maringá, um grupo de professores da UEM do qual eu participava, criou o Nupelia. Em um período com alta demanda de informações sobre aspectos bioecológicos de peixes, em face da expansão dos aproveitamentos hidrelétricos dos principais cursos de água na bacia do rio Paraná, permitiu a rápida projeção desse Núcleo no cenário nacional. Inicialmente envolvido em estudos da ictiofauna do reservatório de Itaipu, recém-formado, percebeu- se que não seria possível um bom entendimento dos processos relacionados à abundância e distribuição de peixes sem avaliar as interações com outras comunidades e com o meio físico. A equipe inicial que compunha o Nupélia era, na época, formada por jovens ingressantes na carreira universitária provenientes de várias universidades do país e com seus trabalhos de pós- graduação versando sobre outros grupos animais ou com experiência em outros ambientes que não os de águas interiores. Com domínio sobre a metodologia de suas áreas, não foi difícil se integrarem ao grupo. Assim foi a transição dos zooplanctólogos, bentólogos, ictioplanctólogos marinhos para a água doce, do entomólogo e acarólogo para a alimentação de peixes ou do parasitólogo de grupos diversos para peixes. Atualmente, o Nupélia está estruturado em 22