Informativo ABECO Informativo No 13 (set-dez 2018) | Page 22
INFORMATIVO ABECO | Edição Nº 13
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que vão trabalhar em
nossos projetos e fechar o
ciclo
de
formação-
atuação
acadêmica.
Entretanto, talvez na
maior parte dos casos,
esses estudantes na
graduação irão atuar no
mercado de trabalho e
formar a base da nossa
sociedade. Muitos deles
vão se tornar professores
e atuar diretamente na
formação das crianças e
jovens, com um enorme
efeito propagador dos
conhecimentos e valores
que receberam nas
Universidades (e isso
possui
implicações
importantes para os dois
últimos componentes a
serem discutidos aqui).
Essa preocupação com a
formação em ensino não
é recente e a CAPES criou
a ideia do “estágio
docência” exatamente
para tentar estabelecer
um mecanismo que
auxiliasse na experiência
docente dos estudantes
de pós-graduação. É
preciso assim que os
PPGs
entendam
a
importância
dessa
oportunidade e valorizem
as atividades desse
estágio e, mais uma vez,
não entendem isso
apenas como mais uma
exigência burocrática a
ser cumprida. Da melhor
forma
possível,
os
orientadores
e
supervisores nos cursos
de graduação nos quais
os pós-graduandos atuam
devem tentar passar sua
experiência de ensino e
suprir uma pouco a falta
de outras estruturas
curriculares mais formais.
Além disso, é possível
utilizar o estágio docência
para
ampliar
as
experiências de formação
em ensino, envolvendo
não apenas sala de aula,
mas
também
a
supervisão e orientação
de outros estudantes,
algo fundamental na
academia. Na UFG, por
exemplo, a resolução
interna de estágio de
docência foi incluída em
um contexto maior de
“integração entre níveis
de ensino” e permite que
sejam computadas, além
de atividades em sala de
aula, horas realizadas em
atividades de orientação
de
estudantes
da
graduação. Considerando
minha
experiência,
acredito ser interessante
que se desenvolvam
sistemas hierárquicos de
orientação e supervisão,
com alunos de Pós-
Graduação
supervisionando ou co-
supervisionando
estudantes de iniciação
científica, estágios ou
trabalhos de conclusão de
curso,
participando
inclusive de bancas
examinadoras
e
avalições. Essa questão
da
orientação
e
supervisão de outros
estudantes
e
pesquisadores
é
fundamental para o
funcionamento
da
academia e, de fato, está
na base de praticamente
todas as organizações
sociais hoje em dia, o que
nos leva ao próximo
componente importante
de formação.