Informativo ABECO Informativo No 13 (set-dez 2018) | Page 16

INORMATIVO ABECO | Edição Nº 13 16 OPINIÃO Pesquisa, Pós-Graduação e Formação de Pesquisadores em Biodiversidade no Brasil Por José Alexandre Felizola Diniz Filho Professor Titular da Universidade Federal de Goiás – UFG A Pós-Graduação brasileira apresentou um grande crescimento nos últimos 30 anos e sem dúvida está entre os projetos acadêmicos mais bem sucedidos do Brasil. Desde a criação da CAPES (“Coordenação para Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior”), ainda em 1951, ficou claro que para permitir que o país alcançasse níveis de excelência internacional em Ciência e Tecnologia (C&T) (e uma consequente melhoria nas condições econômicas e sociais), seria necessário ampliar os programas de formação científica, de forma planejada e com grandes investimentos de médio e longo prazo. Isso levaria a uma maior autonomia dos grandes centros existentes nos Estados Unidos e em outros países da Europa. Passados mais de 60 anos, é possível constatar que somos realmente autônomos em termos de C&T (pelo menos em algumas áreas), com mais de 6500 cursos de Pós- Graduação “stricto sensu” (Mestrado e Doutorado) nas mais diferentes áreas do conhecimento. Em diversas dessas áreas, inclusive na Biodiversidade, temos um protagonismo em nível internacional. Ao longo desse processo de expansão da pós- graduação, estabeleceu- se também uma clara relação entre pesquisa científica e ensino superior, que é muito forte no Brasil. Mais de 90% da pesquisa científica e dos artigos publicados em periódicos indexados no “Web of Science”/JCR são produzidos nas (ou em parceria com) Universidades, especialmente