serviços à cidadania, hoje mais reduzidos, e considerando o
cidadão como consumidor ou cliente dos recursos municipais, o
que acaba levando à perda de protagonismo social e econômico das prefeituras e contribuindo para o agravamento da
situação social de suas cidades.
O segundo, promovido por uma minoria de prefeituras, se
distingue por uma aposta na inovação social. Considera que
ante uma situação de anomia ou desorganização social, caracterizada pela passividade ou pelo aumento das situações de
conflito entre os atores e os distintos setores da cidadania para
enfrentar os novos desafios, é necessário maior protagonismo e
uma iniciativa mais ampla para articular, por meio de objetivos
compartilhados, as ações do setor público, da iniciativa social e
do setor privado em geral para o desenvolvimento de suas
estratégias e políticas para a cidade. Aposta, portanto, em
projetos baseados na colaboração público-privada ou coprodução de serviços e promoção e canalização, por meio do
terceiro setor, do compromisso social da cidadania. Ou seja,
incrementa a capacidade de organização e ação sinérgica da
cidade para enfrentar a adversidade e poder preparar o futuro,
o que a converte em uma cidade resiliente.
Dois modos de enfrentar a crise local
42
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades