Governança Democrática - 3ª Edição | Page 27

gados devem estar orientados para obtenção de conteúdos estratégicos claros, adequados e compreensíveis, que sejam a base para a ação compartilhada, o fortalecimento da cooperação pública, privada e cidadã, e para a participação e comprometimento ativo da cidadania no desenvolvimento urbano. Uma vez destacadas as características da estratégia, é necessário apontar os temas que qualquer cidade deve abordar porque são chaves para poder enfrentar as transformações que a atual crise demanda. Os temas são gerais para as cidades e o seu entorno. O que poderá variar, por um lado, é o enfoque da abordagem e os critérios de atuação que poderá adotar, isto é, o direcionamento que uma cidade se dispõe a dar aos processos de mudança que a afetam; e, por outro lado, os programas e projetos com os quais concretamente e de forma singular enfrentará as ditas transformações. As transformações urbanas que a crise comporta A seguir, consideramos os principais elementos que deveriam estar contidos numa estratégia compartilhada promovida pelos governos locais para enfrentar a crise já tendo em sua perspectiva um novo cenário pós-crise. Ante a crise, mais do que contrair-se, as cidades necessitam transformar-se. A atual crise é estrutural: uma vez finalizada, a situação e o funcionamento da cidade pouco terão a ver com a pré-crise. “Ao olhar para trás, será visto o caminho que nunca mais se voltará a pisar.” A coesão social e a competitividade da cidade no futuro serão consequência de a sua transformação ter sido a mais adequada aos desafios que a crise estrutural apresentava. Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 25