gados devem estar orientados para obtenção de conteúdos
estratégicos claros, adequados e compreensíveis, que sejam
a base para a ação compartilhada, o fortalecimento da
cooperação pública, privada e cidadã, e para a participação e comprometimento ativo da cidadania no desenvolvimento urbano.
Uma vez destacadas as características da estratégia, é necessário apontar os temas que qualquer cidade deve abordar
porque são chaves para poder enfrentar as transformações que
a atual crise demanda. Os temas são gerais para as cidades e o
seu entorno.
O que poderá variar, por um lado, é o enfoque da abordagem e os critérios de atuação que poderá adotar, isto é, o
direcionamento que uma cidade se dispõe a dar aos processos
de mudança que a afetam; e, por outro lado, os programas e
projetos com os quais concretamente e de forma singular
enfrentará as ditas transformações.
As transformações urbanas que a crise comporta
A seguir, consideramos os principais elementos que deveriam estar contidos numa estratégia compartilhada promovida
pelos governos locais para enfrentar a crise já tendo em sua
perspectiva um novo cenário pós-crise.
Ante a crise, mais do que contrair-se, as cidades necessitam transformar-se. A atual crise é estrutural: uma vez finalizada, a situação e o funcionamento da cidade pouco terão a
ver com a pré-crise. “Ao olhar para trás, será visto o caminho
que nunca mais se voltará a pisar.” A coesão social e a competitividade da cidade no futuro serão consequência de a sua
transformação ter sido a mais adequada aos desafios que a
crise estrutural apresentava.
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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