Governança Democrática - 3ª Edição | Page 261

base do emprego e da economia da Baía, e também, do ponto de vista do meio ambiente, é uma fraqueza e um perigo futuro. Encontramos exemplos deste tipo em todas as cidades onde o mesmo processo traz associados oportunidades, riscos, pontos fortes e fracos. A questão é clara. Faz sentido dividir um único processo complexo, como são todos os processos urbanos, em oportunidades e ameaças? Tem alguma vantagem para definir a estratégia da cidade? Claro que não. A mudança é clara: que um fato determinante, como a existência de um desenvolvimento econômico em um contexto de crise regional, como acontecia em Bogotá, trazia desafios relacionados com a geração e o amplo acesso ao emprego, e também no encaminhamento e atenção às pessoas imigradas, razão pela qual era necessário identificar programas e projetos para ambos. Isto é, a análise FDP não fragmenta artificialmente os processos urbanos e, sim, ajuda a compreender a sua complexidade e neste sentido convida à formulação de políticas e projetos integrais ou transversais. A análise FDP é mais adequada aos processos de participação cidadã De fato, o desenvolvimento da análise Dafo, embora geralmente útil em processos participativos, produz anomalias pela fragmentação e valorização antagônica de aspectos do mesmo processo, e pela inadequação, já mencionada, da aplicação da Dafo em determinadas áreas temáticas. Tais dificuldades são superadas com a análise FDP. Por outra parte, na maioria dos processos de participação, os interlocutores propõem fundamentalmente projetos ou objetivos a ser transformados em projetos, o que torna muito fácil, educativa e relevante a associação dos mesmos aos desafios, e averiguar se respondem a projetos em andamento ou já previstos. Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 259