base do emprego e da economia da Baía, e também, do ponto
de vista do meio ambiente, é uma fraqueza e um perigo futuro.
Encontramos exemplos deste tipo em todas as cidades onde o
mesmo processo traz associados oportunidades, riscos, pontos
fortes e fracos. A questão é clara. Faz sentido dividir um único
processo complexo, como são todos os processos urbanos, em
oportunidades e ameaças? Tem alguma vantagem para definir
a estratégia da cidade? Claro que não.
A mudança é clara: que um fato determinante, como a existência de um desenvolvimento econômico em um contexto de
crise regional, como acontecia em Bogotá, trazia desafios relacionados com a geração e o amplo acesso ao emprego, e
também no encaminhamento e atenção às pessoas imigradas,
razão pela qual era necessário identificar programas e projetos
para ambos. Isto é, a análise FDP não fragmenta artificialmente
os processos urbanos e, sim, ajuda a compreender a sua complexidade e neste sentido convida à formulação de políticas e
projetos integrais ou transversais.
A análise FDP é mais adequada aos processos de
participação cidadã
De fato, o desenvolvimento da análise Dafo, embora geralmente útil em processos participativos, produz anomalias pela
fragmentação e valorização antagônica de aspectos do mesmo
processo, e pela inadequação, já mencionada, da aplicação da
Dafo em determinadas áreas temáticas. Tais dificuldades são
superadas com a análise FDP.
Por outra parte, na maioria dos processos de participação, os
interlocutores propõem fundamentalmente projetos ou objetivos
a ser transformados em projetos, o que torna muito fácil, educativa e relevante a associação dos mesmos aos desafios, e averiguar se respondem a projetos em andamento ou já previstos.
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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