mente, incorporando mais e novos atores. A inovação nos
conteúdos e nos processos se torna hoje mais do que nunca
necessária e deve ser contemplada, especificamente, no
processo de elaboração do plano.
7. O posicionamento estratégico sobre os valores que devem
ser promovidos para fortalecer a cultura proativa (de
ação) cidadã, hoje e no futuro imediato, necessita que as
análises estratégicas não se restrinjam apenas ao meio
urbano (infraestruturas, serviços, ordenamento do solo,
educação, pobreza, desigualdades etc.), mas incluam
igualmente o sistema de percepção e de atividade dos
cidadãos, que indica como a população percebe esse
meio e sua transformação.
8. É muito importante, por outro lado, que a estratégia tenha
duas dimensões: enfrentamento dos desafios da crise e a
geração de um novo modelo de cidade. Neste sentido, a
cidade deve priorizar seus investimentos nos setores que
tenham as seguintes variáveis essenciais: gerem maior
ocupação, preservem e ativem o capital humano e social,
incidam na inovação tanto dos setores tradicionais como
dos novos com capacidade de funcionarem como motor
econômico, social e cultural.
9. A importância das análises históricas para entender a crise.
É verdade que “vive-se a cidade no presente e a gerência
para enfrentar o futuro, mas se a entende olhando o
passado.” A análise histórica nos permite entender a singularidade da configuração concreta da cidade em relação às
demais e conhecer as respostas operadas em outras crises
que, sem dúvida, lançam muitas luzes para identificar estratégias de transformação.
10. A elaboração de estratégias compartilhadas de transformação urbana deve ser considerada como um processo
social e as metodologias e instrumentos a serem empre24
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades