Governança Democrática - 3ª Edição | Page 26

mente, incorporando mais e novos atores. A inovação nos conteúdos e nos processos se torna hoje mais do que nunca necessária e deve ser contemplada, especificamente, no processo de elaboração do plano. 7. O posicionamento estratégico sobre os valores que devem ser promovidos para fortalecer a cultura proativa (de ação) cidadã, hoje e no futuro imediato, necessita que as análises estratégicas não se restrinjam apenas ao meio urbano (infraestruturas, serviços, ordenamento do solo, educação, pobreza, desigualdades etc.), mas incluam igualmente o sistema de percepção e de atividade dos cidadãos, que indica como a população percebe esse meio e sua transformação. 8. É muito importante, por outro lado, que a estratégia tenha duas dimensões: enfrentamento dos desafios da crise e a geração de um novo modelo de cidade. Neste sentido, a cidade deve priorizar seus investimentos nos setores que tenham as seguintes variáveis essenciais: gerem maior ocupação, preservem e ativem o capital humano e social, incidam na inovação tanto dos setores tradicionais como dos novos com capacidade de funcionarem como motor econômico, social e cultural. 9. A importância das análises históricas para entender a crise. É verdade que “vive-se a cidade no presente e a gerência para enfrentar o futuro, mas se a entende olhando o passado.” A análise histórica nos permite entender a singularidade da configuração concreta da cidade em relação às demais e conhecer as respostas operadas em outras crises que, sem dúvida, lançam muitas luzes para identificar estratégias de transformação. 10. A elaboração de estratégias compartilhadas de transformação urbana deve ser considerada como um processo social e as metodologias e instrumentos a serem empre24 Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades