Governança Democrática - 3ª Edição | Page 25

1. A finalidade principal é o fortalecimento da capacidade de organização e ação do conjunto da cidade para poder fazer frente a desafios sociais em situação de adversidade. 2. A visão ou modelo de cidade para o qual se deseja orientar a dinâmica urbana é essencial para poder reconduzir de maneira permanente as prioridades da cidade em tempos de tão alta turbulência do entorno. Estabelecer algumas prioridades compartilhadas às quais destinar os recursos públicos que se contraíram, tanto em termos absolutos como, sobretudo, em relação aos desafios e necessidades dos cidadãos. A visão deve ser um farol orientador e reorientador em épocas de tormenta. O paradoxo: quando o futuro cada vez é mais imediato, mais se necessita de uma clara visão de aonde se deseja ir. 3. O fundamental não é apenas identificar alguns projetos estruturantes financiados com fundos públicos, mas, sobretudo, que o plano seja um marco de referência para todos os atores e setores da cidadania ao definirem sua atuação ou estratégias de suas organizações ou entidades. É essencial articular em linhas ou vetores estratégicos tanto os compromissos de ação do setor público como do privado e das organizações cidadãs. 4. A participação da cidadania na estratégia de ação deve ser configurada como processo orientado a gerar compromisso ativo da cidadania com a cidade e não, simplesmente, em canalizar as demandas e propostas da cidadania. 5. Em uma época de crise e de redução do gasto público é essencial que existam prioridades compartilhadas, de tal modo que os recursos públicos possam multiplicar seu impacto por meio do funcionamento em rede com o setor privado e o cidadão. 6. A estratégia se volta para fazer mais com menos recursos e para isso é necessário fazê-lo de modo diferente, relacionalGovernança Democ rática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 23