1. A finalidade principal é o fortalecimento da capacidade de
organização e ação do conjunto da cidade para poder fazer
frente a desafios sociais em situação de adversidade.
2. A visão ou modelo de cidade para o qual se deseja orientar
a dinâmica urbana é essencial para poder reconduzir de
maneira permanente as prioridades da cidade em tempos
de tão alta turbulência do entorno. Estabelecer algumas
prioridades compartilhadas às quais destinar os recursos
públicos que se contraíram, tanto em termos absolutos
como, sobretudo, em relação aos desafios e necessidades
dos cidadãos. A visão deve ser um farol orientador e reorientador em épocas de tormenta. O paradoxo: quando o futuro
cada vez é mais imediato, mais se necessita de uma clara
visão de aonde se deseja ir.
3. O fundamental não é apenas identificar alguns projetos
estruturantes financiados com fundos públicos, mas, sobretudo, que o plano seja um marco de referência para todos
os atores e setores da cidadania ao definirem sua atuação ou
estratégias de suas organizações ou entidades. É essencial
articular em linhas ou vetores estratégicos tanto os compromissos de ação do setor público como do privado e das
organizações cidadãs.
4. A participação da cidadania na estratégia de ação deve ser
configurada como processo orientado a gerar compromisso
ativo da cidadania com a cidade e não, simplesmente, em
canalizar as demandas e propostas da cidadania.
5. Em uma época de crise e de redução do gasto público é
essencial que existam prioridades compartilhadas, de tal
modo que os recursos públicos possam multiplicar seu
impacto por meio do funcionamento em rede com o setor
privado e o cidadão.
6. A estratégia se volta para fazer mais com menos recursos e
para isso é necessário fazê-lo de modo diferente, relacionalGovernança Democ rática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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