definição e promoção de estratégias, participação e comunicação cidadã, assim como dos programas ou projetos
interdepartamentais.
• Uma importância maior para as políticas transversais e,
sobretudo, para a gestão das interdependências de departamentos para alcançar objetivos sociais.
Em geral, os departamentos e áreas são definidos por prestações de serviços: esportes, ensino, serviços sanitário s e serviços
sociais. O que ocorre é que alguns não se definem pelo tipo de
benefícios e serviços que prestam, mas por objetivos de impacto
na população, e se denominam, por exemplo, saúde em vez de
serviço sanitário, educação em vez de ensino, ou inclusão social
em vez de serviços sociais etc., que são objetivos compartilhados por outros sistemas de serviços e benefícios.
A gestão relacional vai além da transversalidade das políticas,
como por exemplo a promoção da igualdade de gênero. Sua finalidade é que os departamentos, áreas etc. – só as estruturas verticais – compartilhem a consecução de um objetivo comum sem que
seja objetivo de nenhuma delas em particular. A transversalidade
exclui a gestão operacional, os órgãos transversais não participam
de projetos operacionais, apenas monitoram o impacto produzido
na sua finalidade. Todavia, os objetivos sociais de impacto, como
“dar cobertura às necessidades básicas” ou “reduzir as desigualdades em capital educacional ou cultural”, exigem a articulação de
diferentes sistemas de benefícios: serviços sociais, serviços sanitários, ensino, moradia etc., mas nestes casos se necessita de uma
gestão de tipo operativo interdepartamental e interinstitucional;
por esta razão, fala-se de gestão das interdependências.
Estas tendências irão se configurando de maneira progressiva na maioria dos governos locais e nos departamentos de
bem-estar social ou serviços sociais, em especial, dada a falência
do modo gerencial como consequência da mudança das condições econômicas e sociais que o fizeram surgir.
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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