garantir sua responsabilidade social como para regular e
controlar a qualidade da atenção na atividade dos serviços e
medir os resultados. Ao contrário do que é hoje prática
habitual, a variável custo na contratação de serviços na área
de assistência social só deveria pontuar na adjudicação, no
caso de um hipotético empate na pontuação dos critérios de
qualidade, na atenção e nos resultados sociais propostos a
serem alcançados.
Só pela pequena capacidade de inovação, pode-se entender
que, na gestão dos serviços públicos, ainda hoje, persistam
critérios econômicos próprios do industrialismo, que, entre
outros, considera em sua contabilidade as pessoas como
gasto e os equipamentos e máquinas como ativo.
• À parte deste critério de racionalidade própria de qualquer
tipo de gestão dos recursos públicos, a gestão relacional – ou
de interdependências, própria da governança – exige uma
série de outros critérios para que a prestação dos serviços
repercuta positivamente na geração de tecido social, ou no
seu fortalecimento, e na adaptação à diversidade social
própria do território. Só desse modo conseguirá os resultados
essenciais e a articulação necessária com as políticas de desenvolvimento comunitário e as políticas públicas do território.
• A coordenação com os serviços sociais e pessoais do território para estabelecer uma cobertura na rede que permita
uma resposta integral aos desafios sociais por meio da
complementaridade dos serviços.
• A dimensão comunitária da gestão do serviço, de tal modo
que facilite a máxima inserção dos usuários e familiares em
associações e movimentos de interesse social. São muito
destacados na Província de Barcelona os serviços geridos
por associações dedicadas à assistência a pessoas com
dependência física e psíquica, assim como os dedicados à
prevenção e assistência aos dependentes químicos, em que
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Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades