Em qualquer caso, o líder político relacional nunca buscará
o domínio dos valores e comportamentos de um grupo social
sobre outros, tampouco o isolamento ou a segregação cultural
dos grupos sociais. Ao contrário, buscará o máximo apoio e
colaboração para o predomínio dos valores que favoreçam a
maior interação possível, baseada na comunicação aberta, no
conhecimento e compreensão mútuos, assim como no estabelecimento de relações estáveis entre os distintos grupos sociais
no território.
O apoio necessário à liderança relacional
A liderança política relacional necessária para articular a
coesão social é muito diferente da que se precisa para gerir os
recursos e serviços municipais. É conveniente que o político
representativo possa dispor, em nível interno ou mediante a
contratação externa, dos seguintes tipos de apoio:
• Conhecimento especializado nas técnicas que assinalamos
anteriormente de gestão relacional: planejamento estratégico, participação, gestão de redes, negociação relacional etc.
• Um mapa de atores sociais do seu território, que lhe
proporcione uma informação sobre o conjunto de atores
públicos, voluntários, organizações sociais sem fins lucrativos, associações de moradores e comunitárias, assim
como seus principais projetos relacionados com os temas
da inclusão e coesão social. Assim como dispor de fortes
vínculos com este conjunto e dos mecanismos para enlaçar
atividades e projetos.
• Manutenção de um sistema de informação sobre as variáveis que podem incidir na quebra da convivência entre
setores comunitários: evolução do desemprego, dos índices
de delinquência e vítimas, déficit de serviços básicos e moraGovernança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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