Governança Democrática - 3ª Edição | Page 197

Em qualquer caso, o líder político relacional nunca buscará o domínio dos valores e comportamentos de um grupo social sobre outros, tampouco o isolamento ou a segregação cultural dos grupos sociais. Ao contrário, buscará o máximo apoio e colaboração para o predomínio dos valores que favoreçam a maior interação possível, baseada na comunicação aberta, no conhecimento e compreensão mútuos, assim como no estabelecimento de relações estáveis entre os distintos grupos sociais no território. O apoio necessário à liderança relacional A liderança política relacional necessária para articular a coesão social é muito diferente da que se precisa para gerir os recursos e serviços municipais. É conveniente que o político representativo possa dispor, em nível interno ou mediante a contratação externa, dos seguintes tipos de apoio: • Conhecimento especializado nas técnicas que assinalamos anteriormente de gestão relacional: planejamento estratégico, participação, gestão de redes, negociação relacional etc. • Um mapa de atores sociais do seu território, que lhe proporcione uma informação sobre o conjunto de atores públicos, voluntários, organizações sociais sem fins lucrativos, associações de moradores e comunitárias, assim como seus principais projetos relacionados com os temas da inclusão e coesão social. Assim como dispor de fortes vínculos com este conjunto e dos mecanismos para enlaçar atividades e projetos. • Manutenção de um sistema de informação sobre as variáveis que podem incidir na quebra da convivência entre setores comunitários: evolução do desemprego, dos índices de delinquência e vítimas, déficit de serviços básicos e moraGovernança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 195