de enfrentar e resolver positivamente conflitos. Um município que progride não é aquele onde inexistam conflitos,
mas aquele que os confronta buscando novos cenários,
novas situações em que os diferentes interesses possam se
complementar. Por isto, é importante dispor de espaços de
intermediação facilitadores do encontro de interesses legítimos entre os grupos, setores e entidades da cidadania.
5. Conseguir vitórias rápidas e visualizar a realização de projetos.
É importante, para promover a coesão, que a cidadania
experimente uma realização visível de projetos tangíveis
para o bem-estar da comunidade. A partir de uma perspectiva de mobilização e participação nos assuntos coletivos, o
mais importante não é tanto o projeto tangível que afeta
um número reduzido de cidadãos, mas os efeitos intangíveis
na consciência cidadã do saber fazer e gerenciar com eficácia
e honradez. Por isto, a realização de projetos deve enquadrarse em uma proposta de geração de cultura cívica e empreendedora da cidadania. Dar intencionalidade educativa a
tudo o que se faça, para que a comunidade compreenda,
confie e se envolva.
6. O desenvolvimento de uma comunicação efetiva baseada nos
valores do humanismo ou do republicanismo cívico. Baseandose na realidade dos projetos e de suas circunstâncias, a
comunicação efetiva não tenta substituir a realidade, mas
tomá-la como base para as mensagens e os significados que
se deseja transmitir a partir de uma situação objetiva.
A comunicação tem que se apoiar em uma informação clara,
transparente, documentada e na qual se possa acreditar.
7. Envolver o conjunto do governo local na temática da coesão
social. Este pilar não é o último por ordem de importância.
Muito pelo contrário, pois, se a coesão social não for um
objetivo assumido por toda a administração, são criados
obstáculos dificilmente superáveis para liderar os processos
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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