lhador social como agente de mudança, que teve força nos anos
70 e até o princípio dos 80 na Catalunha.
É certo que o papel do trabalhador social, como os educadores, psicólogos e sociólogos, contribui para o desenvolvimento comunitário, ao fortalecer a capacidade de uma comunidade. De fato, como já observado anteriormente, uma das
tarefas prioritárias para a governança democrática é o fortalecimento da organização dos grupos e comunidades vulneráveis,
para que participem de pleno direito na construção do interesse
geral em seu território.
Daí decorre a importância do trabalho social comunitário
como prioridade crescente na perspectiva do futuro imediato.
Porém, como no caso do gestor ou gerente, a tarefa se inscreve
no marco das políticas de construção coletiva do bem-estar,
que deve, sem dúvida, ter como protagonista o político, o
representante da pólis ou cidade.
Podemos dizer, com toda clareza, que o agente principal de
mudança, já que não existe um agente único na democracia
consolidada, é o político eleito. É desejável que ele seja o principal líder da capacidade de organização e ação de um território.
Qualquer enfoque que coloque em um profissional o papel de
agente de mudança em uma democracia só pode ser entendido
como uma relíquia do pensamento tecnocrático e autoritário.
A nova tarefa: tornar visível o apoio
social às políticas
Um dos temas mais preocupantes do trabalho político é,
sem dúvida, a oposição de setores da cidadania à tomada de
decisões de caráter transcendente sobre assuntos de interesse
coletivo. Maquiavel, em O príncipe, já alertava o mandatário
sobre este aspecto, na introdução de reformas e novas leis:
Aquele que queira introduzi-las (as novas leis ou reformas), terá
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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