municipais, mas em objetivos de desenvolvimento humano no
qual todos os setores da cidadania tenham responsabilidades.
Seu êxito consistirá em apresentar os avanços conseguidos no
município, mais do que o cumprimento de algumas propostas
eleitorais que ninguém controla.
Continuando a analogia com a área esportiva feita anteriormente, o líder representativo avaliará o êxito pela posição que
sua equipe conquistou na tabela de classificação. Já o dominador
só se fixará em seus resultados pessoais: gols, cestas, tempos
conseguidos etc. Para ele, o resultado da equipe é menos importante porque ela depende de seus resultados pessoais.
A liderança representativa, isto é, relacional e capacitadora,
tem em conta que o cidadão atribui ao prefeito ou prefeita tudo
o que acontece na cidade. Seja positivo ou negativo, seja de
competência municipal ou não, as responsabilidades por ação
ou omissão são atribuídas pela cidadania ao prefeito ou prefeita.
Para a cidadania é difícil identificar o responsável por um equipamento ou serviço público no emaranhado de competências
existentes. É mais fácil que demonstre sua satisfação em decorrência de temáticas gerais da cidade: mobilidade, meio ambiente,
espaços públicos, emprego, prática esportiva e oferta cultural.
Isto é, aspectos importantes da vida cotidiana com grande
capacidade de produzir bem-estar; porém, esta é uma produção
que envolve muitos atores, e a tarefa do governo local é justamente gerir suas interdependências para organizar coletivamente a produção do bem-estar mencionado.
A distinção entre política e gerência
No modo gerencial de governar, próprio do governo
provedor e gestor de recursos, se confunde o papel do político
e o do gerente ou, de modo geral, do gestor. De fato, foi produzida uma subordinação da política à gerência, valorizando-se
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
173