culta a ajuda mútua no seio da família e, portanto, gera
maior dependência dos serviços sociais.
• Por outro lado, há também o aumento das famílias monoparentais chefiadas por jovens, principalmente de mulheres
com filhos, devido ao rompimento do casamento. Este tipo
de família é consequência direta do processo de emancipação das mulheres.
Em um patamar inferior ao das famílias monoparentais,
porém em ascensão, encontramos famílias polinucleares, nas
quais convivem chefes de família de diferentes núcleos familiares.
Esta é uma das consequências da pobreza em que vivem muitos
imigrantes, que se veem obrigados a reagrupar distintas famílias
ou membros de distintos núcleos familiares em uma só família.
A existência de casais de fato, ainda em que muitas cidades
tenha pouca relevância estatística, é sem dúvida um fenômeno
com tendência a crescer, particularmente se tomamos como
referência o que ocorreu nos países do norte da Europa.
Este crescimento da tipologia familiar tem consequências
muito importantes, que superam as evidentes implicações para
o mercado imobiliário e se vinculam à programação de novos
serviços de assistência e, muito especialmente, ao estímulo dos
processos de ajuda mútua extrafamiliares, em particular nos
bairros e setores sociais.
Por outro lado, em uma perspectiva de apoio social que
considere a grande maioria da cidadania, o pluralismo no
convívio em nossas cidades faz com que se tenha que falar mais
de políticas de família do que de política de apoio à família.
A cidade na medida das mulheres
Observamos a importância da emancipação das mulheres, ao
referirmo-nos ao processo de individualização das relações sociais e
às mudanças na tipologia das famílias na cidade contemporânea.
140
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades