cional, e para isso são necessárias novas formas, novas
atitudes e novas habilidades.
• As técnicas de construção de consensos. Não é necessário
insistir na importância destas técnicas na governança. De
fato, as técnicas anteriormente citadas sobre negociação
relacional e participação cidadã incluem necessariamente o
consenso. Mas existe uma grande pluralidade de metodologias e técnicas amplamente testadas, além das citadas, que
devidamente adaptadas podem ser utilizadas nos diferentes
âmbitos em que se desenvolve esta nova arte de governar.
• O enfoque abrangente nas ciências sociais. Na governança, é
necessário compreender o que diz cada ator em seu
contexto social e poder entender não apenas o que
expressa, mas como e porque o diz. A compreensão dos
atores e a análise dos conflitos, a partir das distintas perspectivas das partes, são condições absolutamente necessárias, embora naturalmente insuficientes para o bom desenvolvimento da governança. Trata-se de fazer inteligível a
base subjetiva em que repousam os fenômenos sociais; a
análise objetiva desses fenômenos é perfeitamente possível
e compatível com o fato de que as ações humanas têm um
caráter subjetivo. Este enfoque, também denominado
interpretativo da ação social, tem em Max Weber seu autor
mais clássico, e está voltado para a compreensão do
sentido de uma ação para um ator, dando a conhecer os
motivos entre a atividade objetivamente observada e seu
sentido para o mencionado ator.15
15 Podemos encontrar a exposição metodológica da sociologia compreensiva em
Sobre la Teoría de las Ciencias Sociales (Barcelona: Península, 1971) e também em
Economía y Sociedad, op. cit., no qual mantém a importância da subjetividade
para a análise sociológica.
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
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