Governança Democrática - 3ª Edição | Page 115

tégias territoriais mais amplas que o próprio município, a própria região e o país. • Esperança realista no futuro, que permita ver além da realidade, se esta é sombria (“Queremos promessas, não mais a realidade”, diziam os argentinos durante uma de suas crises econômico-financeiras), e que gere expectativas racionais nas inversões de capitais e nos esforços humanos. • Legitimação e reconhecimento social da pessoa e da instituição promotora. • Respeito e confiança na atuação dos outros atores, que é a base para a geração do capital social. • O apoio social e a participação cidadã. As estratégias e os principais projetos estruturantes devem dispor de um importante apoio social, e este será mais efetivo se a participação cidadã for estimulada e entendida em dois sentidos: como garantia de que seus principais desafios e expectativas serão considerados nas estratégias, e como condição para sua responsabilização e envolvimento social gerador de capital social. • A existência de lideranças formais e informais entre os atores institucionais-chave, com capacidade de aglutinar e representar a maioria dos interesses, pactuar e respeitar institucionalmente suas decisões. A liderança principal deve corresponder, como já assinalamos, à instituição mais democrática, isto é, a escolhida por toda a cidadania. Do contrário, nos encontraríamos com uma liderança corporativa a partir da qual não é possível construir o interesse geral, uma vez que se reduz ao corporativo. Como assinala J. Subirats, “o grau de liderança das instituições representativas no processo de governança das comunidades vai derivar de sua capacidade para envolver o restante dos Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 113