• A presença de redes de atores para o desenvolvimento de
projetos-chave e complexos. Os projetos em rede permitem
articular os esforços de distintos atores públicos e privados,
ao serem capazes de combinar os diferentes interesses e
desafios de objetivos comuns e socialmente úteis.
A estratégia territorial exige o compromisso de ação por
parte dos principais atores do território para desenvolvê-la.
Porém, a partir de uma posição de atores entendidos como
organizações coerentes em si mesmas, com relações entre elas
frequentemente conflitantes, é necessário um processo de construção de redes até que os compromissos concretos de ação
sejam alcançados. Isto a partir de uma situação inicial distinta
em cada território, até que as relações entre os âmbitos público
e privado, entre administração e sociedade sejam situadas no
terreno da corresponsabilidade.
Este processo de melhoramento relacional5 deve ter um
tratamento coordenado, mas, logicamente, diferenciado do
processo de definição da estratégia territorial. O resultado do
processo é conseguir a identificação de uma estratégia concreta
com um compromisso claro de ação.
• Uma cultura de ação e compromisso cívico distanciada tanto
da cultura da satisfação quanto da queixa, do burocratismo
e do niilismo. A cultura de ação deve proporcionar:
•
Um sentimento de enraizamento e identificação com a
cidade ou região. Dispor de um sentido coletivo aberto,
não fechado.
•
Atitude aberta, tanto à inovação como à integração
social e cultural de novas pessoas e à inserção em estra-
5 Ver a respeito MENDOZA, X. Las transformaciones del sector público en las
sociedades avanzadas: Del Estado del Bienestar al Estado Relacional, Papeles
de Formación de La Diputación de Barcelona (1996) e VERNIS, A. La relación
público-privada en la provisión de servicios sociales, Papeles de Formación de la
Diputación de Barcelona (1995).
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Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades