tecnologias de informação são, segundo Castells,17 fatores
centrais tanto para o desenvolvimento econômico quanto para
o social.
A sociedade do conhecimento se baseia em redes, na gestão
dos conhecimentos das pessoas nos departamentos, empresas,
entidades e organismos públicos. Ela posiciona os profissionais e
as equipes no topo dos processos produtivos. Na sociedade
industrial, o trabalhador era um apêndice da máquina; o importante era o processo no qual se inseriam as pessoas. Contrariamente, na sociedade do conhecimento, as tecnologias da informação e os processos produtivos são desenhados para servirem
de suporte para que as pessoas e equipes possam gerar valor
por meio da produção de conhecimentos. A densidade e qualidade das interações entre departamentos e empresas são os
principais fatores críticos para a criatividade e a inovação.
A principal vantagem econômica de um território é cada vez
mais a vantagem colaborativa. Neste sentido, a economia
depende da coesão social ou, para ser mais preciso, do capital
social, que foi definido por Putnam de uma maneira muito
semelhante à capacidade de organização e ação: “O capital
social refere-se ao conjunto formado pela confiança social.
Às normas e redes para resolver os problemas comuns. As redes
de compromisso cívico, tais como associações de bairros, as
federações desportivas e as cooperativas, constituem uma
forma essencial de capital social.
“Quanto mais densas forem estas redes, mais possibilidades
existirão de que os membros de uma comunidade cooperem
para obter um benefício comum.”18 Os indivíduos são cada vez
menos autossuficientes. Por um lado, aumentam sua autonomia
17 Ver CASTELLS, M. Observatorio Global. Barcelona: La Vanguardia, 2006, p. 151193.
18 PUTNAM, Robert D. Making Democracy work: civic traditions in modern Italy.
Princeton: Princeton University Press, 1993, p. 125.
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Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades