a complexidade social. Mas isso tampouco significa que venha
a ocorrer, mas simplesmente que, de um ponto de vista racional,
existem condições para que haja um incremento do papel dos
governos locais. Se vão conseguir ou não, vai depender, fundamentalmente, de sua ação prévia, de que sejam capazes de
abrir espaços como organizadores da coletividade, e dos êxitos
que alcancem no desenvolvimento humano, nos territórios em
que abram os espaços mencionados.
A governança é o modo de governar
da sociedade do conhecimento
A denominada globalização, tal como a define o Fundo
Monetário Internacional, consiste em fluxos de informações,
mercadorias, serviços e pessoas que cruzam os territórios e os
fazem interdependentes.
Os fluxos são produzidos, distribuídos, recebidos e consumidos fundamentalmente nas cidades e áreas metropolitanas.
A economia e a sociedade globais se assentam no sistema
de cidades. Os territórios se tornam mais interdependentes
econômica, social e culturalmente.
A sociedade do conhecimento ou sociedade informacional,
na expressão conceitual de Castells, ao basear-se na inovação
permanente, favorece a especialização flexível nas empresas e
entidades sociais. Estas, para inovar, não podem fazê-lo em
todos os aspectos, necessitando fazê-lo naquilo que mais
conhecem, em suas melhores habilidades e capacidades. Este
processo de inovação requer a organização em rede das diferentes empresas, entidades e instituições para produzir bens e
serviços. A capacidade de articular as funções de pesquisa,
formação, produção, comercialização e distribuição é a chave
para o desenvolvimento. A organização em rede e o uso das
Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades
99