GERALDOPOST 2018 2018 | Page 18

nquanto milhões de pessoas

estiverem se divertindo nos quatro dias de eventos da 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, pelo menos qautro LGBTs serão assassinados em algum lugar do país. Esta é a estatística de morte do LGBT brasileiro em 2018, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), que é publicado no site homofobiamata.wordpress.com e ganha um anuário publicado no mesmo site.

Os dados são alarmantes e correspondem a uma morte a cada 23h no Brasil, entre as Travestis, Transexuais e Intersexuais (pessoas que biologicamente não se enquadram, por má formação congênita, com o sexo feminino e nem com o masculino) a estimativa é de que a cada 48h uma pessoa trans é assassinada, segundo um relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). É um assassinato, que independe de um ato LGBTfóbico, mas de uma ação discriminatória, sendo número importante quando mensura o suicídio entre LGBTs. Entre os 153 mortos de 2018, dois casos de grande repercussão: a morte da vereadora Marielle Franco e da universitária Matheusa, ambas assassinadas de forma cruel na cidade do Rio de Janeiro. Negras e de origem humilde, tinham um objetivo em comum: viver as suas diversidades sexuais em mundo LGBTfóbico. Estes assassinatos estão ainda em investigação, Marielle, pelo o que tudo indica, foi vítima de uma conspiração da milícia carioca. Matheusa, segundo a delegada que investiga o caso, foi morta por traficantes que ao saberem da sua presença, nua e transtornada, a “julgou”, e sentenciou a sua morte. É a impunidade brasileira que impera desde sempre. Por mais que os assassinos de Marielle e Matheusa sejam encontrados, julgados e condenados, menos de dez anos depois estarão na rua como assassinos confessos que o Brasil já conhece.

MILITÂNCIA E GLAMOUR - Virando os hipótese para os palcos brasileiros, Claudia Celeste e Rogeria, fizeram parte da primeira turma de Travestis que fizeram shows no Brasil. Rogeria, uma das protagonistas do documentário “Divas Divinas”, morreu em setembro de 2017. Viveu uma carreira repleta de conflitos com a militância, porém ela era a própria militância. Usou sua beleza e exuberância para ser vista e aplaudida.

Claudia Celeste foi uma estrela na terra, brilhava no teatro em show quando Daniel Filho a contratou para uma ponta na novela “Espelho Mágico” (1977), descoberta por um colunista social foi ‘denunciada’ pelas páginas marrons da imprensa carioca e perdeu o emprego na novela das oito, onde contracenou com Sônia Braga. Passou uma temporada na Europa onde brilhou e desfilou sua beleza, voltou ao Brasil e fez na extinta TV Manchete a novela “Olho no Olho”, foi novamente a primeira travesti a fazer uma novela no horário nobre.

Rogeria e Claudia Celeste dividiram os palcos e os brilhos, tinham cada uma a sua beleza e empoderanento. Hoje, juntas continuam a brilhar e nos inspirar em outro plano e continuarão para sempre em nossas memórias.

memória

violência: lgbtfobia mata

E

e sentenciou a sua morte. É a impunidade brasileira que impera desde sempre. Por mais que os assassinos de Marielle e Matheusa sejam encontrados, julgados e condenados, menos de dez anos depois estarão na rua como assassinos confessos que o Brasil já conhece.

O assassinato de Matheusa, escancara o despreparo das autoridades em lidar com o público trans. Uma morte repleta de sinônimos heteronormativos e transformando a vítima em alguém marginal. A delegada que assumiu o caso, sequer sabia se referir à Matheusa com dignidade, a chamando pelo artigo masculino.

MILITÂNCIA E GLAMOUR - Virando os hipótese para os palcos brasileiros, Rogéria e Claudia Celeste, fizeram parte da primeira turma de Travestis que fizeram shows no Brasil. Rogéria, uma das protagonistas do documentário “Divas Divinas”, morreu em setembro de 2017. Viveu uma carreira repleta de conflitos com a militância, porém ela era a própria militância. Usou sua beleza e exuberância para ser vista e aplaudida.

Claudia Celeste foi uma estrela na terra, brilhava no teatro em show quando Daniel Filho a contratou para uma ponta na novela “Espelho Mágico” (1977), descoberta por um colunista social foi ‘denunciada’ pelas páginas marrons da imprensa carioca e perdeu o emprego na novela das oito, onde contracenou com Sônia Braga. Passou uma temporada na Europa onde brilhou e desfilou sua beleza, voltou ao Brasil e fez na extinta TV Manchete a novela “Olho no Olho”, foi novamente a primeira travesti a fazer uma novela no horário nobre.

RELATÓRIO DENUNCIAM QUE A VIOLÊNCIA CONTRA LGBT'S SÓ AUMENTA; ROGÉRIA E CLAUDIA CELESTE FORAM AS GRANDES PERDAS NOS PALCOS

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