F. Magazine Ed. 24 Revista_montada | Page 10

CARTA DO EDITOR Caro(a) leitor(a), Chega de Informalidade Nas últimas semanas a mídia tem destacado eventos policiais envolvendo joalherias como, por exemplo, uma apreensão de mais de R$ 10 milhões em joias sem cobertura fiscal pela Polícia Rodoviária Federal na região de Itatiaia-RJ. A notícia repercutiu negativamente em um contexto já bastante desfavorável ao setor joalheiro manchado pelo escândalo de corrupção no Estado do Rio. Circulou ainda na revista Isto é Dinheiro, uma matéria tratando do caso envolvendo as joalherias no Rio e o governo Sérgio Cabral. É uma ilusão imaginarmos que esses fatos estejam circunscritos ou afetem apenas as empresas investigadas. Estas questões comprometem a imagem do ramo como um todo. A profissão de “joalheiro”, como todos sabemos, sempre esteve associada a certos atributos como confiança e credibilidade. As pessoas relutam em adquirir uma joia de algum desconhecido ou de alguém sem alguma tradição no mercado. Quando um deslize acontece com uma empresa, todo o setor fica maculado, reforçando a percepção de que o segmento está associado à lavagem de dinheiro, conflitos em regiões de mineração e baixa transparência em suas operações. com os órgãos de governo e seus principais eventos como a Feninjer para desenvolver um planejamento com ações de curto, médio e longo prazos que ofereça uma nova perspectiva e horizonte para o setor joalheiro no Brasil. Um projeto dessa natureza deverá atuar em várias frentes como garantia de conformidade (teor) dos produtos oferecidos, estímulo à formalização de profissionais que ainda atuam sem os devidos registros legais e combate ao contrabando e ao descaminho. Passou da hora de tentarmos virar esse jogo. As empresas que almejam trabalhar em um ramo mais profissional, sustentável e digno, inclusive aquelas que se envolveram em ilícitos e desejam se redimir, precisam se unir em torno de suas associações de classe e formular uma estratégia de superação dos conhecidos dilemas que nos afligem. Não temos a ilusão, no entanto, que um desafio dessa natureza possa ser superado apenas com o comprometimento e a vontade do IBGM e mais algumas associações estaduais. Será preciso o engajamento de uma grande parte das empresas que acreditam que é possível mudar, que é possível trabalhar direito, que é possível prosperar de forma profissional e regular. O momento de crise também é uma oportunidade de transformação. É hora de partirmos para um projeto de mudança de mentalidade e de cultura no ramo. Chega de informalidade! O IBGM está comprometido com essa causa e empenhado a ser um vetor de divulgação e indução de um novo modo de trabalhar do setor. Para tanto o Instituto está disposto a utilizar seu capital político, sua rede de relacionamento Forte abraço, Ecio Morais, Editor 10