Exercício - Revista GamesNews Revista GamesNews - MATHEUS MARQUES | Page 3
review
THE LEGEND OF ZELDA: BREATH OF THE WILD
Nova aventura de Link é uma jornada inesquecível e obrigatória para os gamers
E m muitos sentidos, Breath of the Wild marca
um fim e um recomeço. Na interpretação mais lite-
ral, o novo Zelda encerra os lançamentos da Nin-
tendo para Wii U, que ganha seu último grande
game, mas também inaugura a trajetória do Switch,
que larga na frente ao chegar às prateleiras junto
com um título obrigatório.
Já na interpretação mais poética, Breath of the
Wild dá um fim ao modelo de design utilizado des-
de Ocarina of Time para os “Zeldas” em 3D. Se
Majora’s Mask, Wind Waker, Twilight Princess e
Skyward Sword possuíam todos um layout e ritmo
similares, a nova aventura parece mais disposta a
aproximar a série dos RPGs modernos, como The
Elder Scrolls V: Skyrim.
A fusão da fórmula Zelda, pioneira em aventura
e exploração desde o Nintendinho, com as atuais
tendências e gostos do mercado ocidental não pode-
ria ter dado mais certo. Genial na execução, Breath
of the Wild é o melhor fechamento possível para o
Wii U e um começo impressionante para o Switch.
Desde Super Mario 64 a Nintendo não lançava um
console com um produto tão impressionante.
Choque de gerações
O preço de tamanha conquista tecnológica é evi-
dente: tal qual Pokémon Sun e Moon rodando a
muito custo no Nintendo 3DS, Breath of the Wild
é um jogo que leva o hardware do Wii U ao limite,
o que fica claro tanto em sua performance quanto
na demora para acessar menus externos através do
botão Home.
No antigo console da Nintendo, ocasionalmen-
te acontecem pequenas quedas na taxa de quadros
por segundo, um problema atenuado consideravel-
mente na versão para Switch, que roda o game com
facilidade. É importante destacar que, mesmo no
Wii U, esse problema não atrapalha em nada a ex-
periência ou imersão.
Fãs mais ansiosos não perderão qualquer detalhe
significativo caso optem por jogar no Wii U em vez
do Switch: ambas as versões narram a mesma his-
tória, e possuem os mesmos personagens, jornadas
e missões. A diferença é que, no Switch, os gráficos
estão mais detalhados, algumas funções estão otimi-
zadas e a experiência é mais suave e rápida.
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Liberdade acima de tudo
Logo nos primeiros minutos de Breath of the
Wild a equipe de Eiji Aonuma, Shigeru Miyamo-
to e Hidemaro Fujibayashi faz questão de mostrar
que um dos mais antigos “problemas” da série foi
solucionado: as sessões de tutorial inicial, as quais
o jogador é levado pela mão enquanto aprende os
controles, foi removida.
Poucos minutos após uma breve área linear que
dá início à história, Link se vê diante de um gigan-
tesco mundo aberto repleto de possibilidades, e está
livre para fazer o que quiser, como bem entender, na
ordem que preferir. Isso proporciona um ótimo sen-
timento ao desbravar cenários inéditos e instigantes.
Uma grande jornada
Mesmo com liberdade de exploração quase in-
finita, existe uma campanha principal habilmente
inserida no mapa. É possível ir para quase todos os
pontos do cenário a qualquer momento, mas certos
personagens e eventos liberam itens que facilitam a
navegação.
Além disso, andar sem rumo significa encontrar
inimigos mais poderosos do que Link deveria en-
frentar em seu estado atual, o que é uma boa ferra-
Opinião dos leitores
“Fugir de padrões
de game design
estabelecidos
há
mais de 20 anos na
franquia e até mes-
mo de toda uma
indústria não é um
trabalho simples.
Sempre fiquei com
um pé atrás com
essa
promessa…
No entanto, depois
de jogar, surpreen-
dentemente desco-
bri que a Nintendo
realmente conse-
guiu.”
Thiago Silva, 28 anos
“Para mim, o me-
lhor jogo já feito na
história da Ninten-
do. Na verdade, o
melhor jogo já feito
na história!”
Lucas Bruno, 20 anos
02/06/2017 06:09:33