Educação para a Cidadania - Igualdade de Género Educação para a Cidadania | Page 17

1 Dia para Agir – Secundário (15 - 18 anos) Propomos uma atividade que conta com dois tempos diferentes. Começamos com um barómetro de ideias que lança afirmações para que os alunos reflitam, assumam uma posição sobre elas e argumentem a opção que tomaram. Num segundo momento, tentaremos refletir sobre se existe, ou não, um condicionamento social sobre a questão de género e se este influenciou o posicionamento de cada um. Atividade Objetivos ❑Refletir sobre a diferença de oportunidades entre homens e mulheres. ❑Tomar consciência dos condicionamentos sociais existentes para homens e mulheres. ❑Fomentar uma atitude de respeito perante as opiniões de outras pessoas. Materiais/recursos necessários: ❑ Papel com a palavra “SIM” e papel com a palavra “NÃO”. ❑ Frases para o barómetro (ver sugestões). ❑ Fichas em branco. ❑ Cartolinas para formar 2 cartazes (“raparigas” e “rapazes”) 1. Num lado da sala colocamos um papel com a palavra “SIM” e, no lado contrário, um outro com a palavra “NÃO”, delimitando um espaço entre um extremo e outro, com uma linha imaginária que atravesse o centro da sala (pode-se também desenhar uma linha ou colocar um cordel ou fita). 2. O(a) professor(a) lê a primeira frase do barómetro (ver sugestões) e cada aluno deve colocar-se junto ao letreiro “SIM” se estiver de acordo com a afirmação ou junto ao letreiro “NÃO” se não estiver de acordo com a afirmação. Neste primeiro momento, não há uma hipótese intermédia, sendo necessário posicionar-se claramente no “SIM” ou no “NÃO”. 3. Quando todos estiverem situados num dos extremos, os alunos deverão argumentar a sua escolha. Primeiro devem ouvir-se os argumentos de um lado e depois os do outro. 4. Depois de todos falarem, existe um segundo momento de reformulação de posições, em que já têm a oportunidade de mudar de extremo ou se situarem num local mais intermédio da sala. 5. Finalizada esta parte, entregamos umas pequenas fichas em branco a todos os alunos. Cada um deve escrever numa ficha a profissão que gostaria de ter no futuro. 6. Posteriormente, cada aluno coloca a sua ficha num cartaz dividido em duas partes: uma para raparigas e outra para rapazes. 7. Quando todas as fichas estiverem colocadas no cartaz, lemos em voz alta cada uma das diferentes profissões escritas pelos alunos. 8. Haverá a probabilidade de comprovar que existe uma tendência de separação entre profissões consideradas femininas ou masculinas. 9. Em grupo, devem discutir a justificação dessa tendência e a sua opinião sobre o assunto a partir de algumas questões: Sugestões de frases para o barómetro • Se fosses do sexo contrário escolherias a mesma profissão? Porquê? • Há profissões que associamos a mulheres e outras que associamos a homens? Porquê? • Julgas que, na hora de tomarmos as nossas decisões profissionais, somos influenciados pelo que socialmente esperam de nós, enquanto raparigas/rapazes? Somos condicionados (influenciados) consciente ou inconscientemente? 10. No final, os grupos partilham as suas opiniões e poderá elaborar-se um cartaz que alerte para a importância da escolha da futura profissão baseada na identidade de cada pessoa, não devendo esta refletir-se em outras opiniões formadas, nomeadamente em questões de género. Mudança A situação das mulheres tem evoluído muito ao longo do tempo. É necessário deixar que as coisas sigam o seu ciclo próprio e natural para que, aos poucos, se alcance a igualdade. Graças ao esforço e à luta de muitas mulheres, homens e organizações sociais, as mulheres têm conseguido reduzir as diferenças de oportunidades em relação aos homens. Ainda falta percorrer um longo caminho para que esta igualdade esteja presente em todos os intervenientes da sociedade (homens, mulheres, governo e sociedade civil). Direitos A minha mãe tem tanto tempo livre como o meu pai. A minha avó precisou da autorização do meu avô para abrir uma conta no banco. A minha mãe pode escolher a profissão que queria. Posso chorar quando quero. Oportunidades Prefiro as disciplinas de Letras/ Humanidades. As raparigas são piores alunas a Ciências. As mulheres não produziram nem inventaram nada relevante para a ciência. Posso fazer todos os desportos que quero. Casar e formar uma família é muito importante para a minha vida. Obrigações Os filhos/ as filhas são responsabilidade das mães, mais do que dos pais. Tenho que chegar a casa à mesma hora que os meus irmãos/ as minhas irmãs. Em minha casa, as tarefas domésticas são divididas da mesma forma pelo meu pai e pela minha mãe. Eu realizo a mesma quantidade de tarefas que os meus irmãos/ as minhas irmãs. Apoio os meus irmãos/as minhas irmãs mais novas nos trabalhos de casa. A minha mãe prepara a mala do meu pai quando vamos de viagem. Adaptado a partir do material “Entre iguales”, de Entreculturas – Fundación para la Educación y el Desarrollo de los Pueblos